25/jan

Projeto resgatou animais afetados por enchentes em Raposos e Nova Lima

O salvamento de um cão idoso, que acabou ilhado por alguns dias sobre um pedaço de telha, está entre os momentos mais dramáticos vivenciados por uma equipe de voluntários que atua em cidades arrasadas pelos recentes temporais em cidades de Minas Gerais.

“Resgatamos com muita dificuldade, com água na altura do peito. Dias depois, conseguimos encontrar sua família, que não acreditava que ele estava vivo”, diz a médica veterinária Carla Sássi, 41, ao relembrar do caso ocorrido no município. Ela coordena o Grad (Grupo de Resgate de Animais em Desastres), que desde o início do mês está a postos para socorrer e proteger os bichosafetados pelos desastres naturais. Até agora, mais de 1000 animais já foram acolhidos pelo projeto nos no estado.

Em Minas, até o momento, são 20 voluntários em campo em Congonhas, Pará de Minas, Raposos, Nova Lima e Itabirito. Eles lidam contra toda sorte de adversidades. Há, por exemplo, dificuldades de locomoção, seja por causa de estradas interditadas ou pela falta de acesso por terra a locais que poderiam receber os animais. Diante dos gargalos logísticos, os próprios voluntários se veem obrigados ao trabalho braçal. Carregam caixas de isopor com vacinas e gelo, pacotes de ração, medicamentos de primeiros socorros e equipamentos de captura.

Atualmente é em Conceição do Pará, no centro oeste mineiro, que as equipes encaram uma situação complexa na tentativa de resgatar um grande número de animais desalojados ou desabrigados. Isso porque há uma barragem sob o risco de rompimento na região. “A comunidade terapêutica que foi evacuada em Conceição do Pará tem cerca de 100 animais, entre aves, cães, porcos, cavalos e bois. Há dias estamos tentando levar alimentação para todos. Porém a barragem está em nível 3, e a comunidade totalmente isolada. O futuro desses animais ainda é incerto”, detalhou Sássi.

Depois do resgate

Além de realizar o trabalho de resgate, o grupo também é responsável por todo tratamento de saúde e alimentação dos bichos. Eles cumprem um protocolo sanitário, com a aplicação da vacina V10 — que protege de dez doenças — e contra a leishmaniose e de antiparasitários.

Como ajudar

Para ajudar o projeto, basta contribuir com qualquer valor por PIX: 04.085.146/0001-38 (chave-CNPJ/Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal). Para saber mais, basta acessar o perfil do projeto no Instagram.

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