Miguel, Eduarda e Yasmin, do Colégio Estadual Josefina Wanderley, são eleitos vereadores jovens
Por Arthur Souza – O projeto Câmara nas Escolas, realizado em 21 de agosto em Nova Lima, elegeu 15 vere ...
Diferentemente dos cargos de presidente da República, governador e senador, cuja eleição é feita pelo sistema majoritário e vencerá sempre o candidato que obtiver o maior número de votos, os deputados, assim como os vereadores, são eleitos pelo sistema proporcional e nesse caso, a matemática eleitoral para eleger um candidato a deputado federal ou estadual/distrital não é tão simples.
Você sabe como é feito o cálculo para eleger um deputado federal ou estadual?
Entrevistamos o advogado e candidato a Deputado Federal Mariel Marra (PP) sobre o tema. Confira!
Marra diz que votos para esses cargos os votos são computados em primeiro lugar para o partido que o candidato que recebeu o voto integra.
Mas para entender como o candidato é, de fato, eleito, é preciso entender dois conceitos: o de quociente eleitoral e o de quociente partidário.
O quociente eleitoral é calculado pela divisão entre o total de votos válidos (excluídos brancos e nulos) e o número de cadeiras de um determinado parlamento.
Como exemplo, na disputa de 2018 por uma vaga na Câmara dos Deputados por Minas Gerais, o quociente eleitoral foi de 190.153 – isto é, o resultado da divisão entre o total de votos válidos no pleito pelo número de vagas na casa legislativa pelo estado (53).
Em outras palavras, o número mínimo de votos que um partido precisava para eleger um deputado federal naquela ocasião foi de 190.153 votos, na somatória de todos os parlamentares concorrendo pela legenda.
Nesse exemplo, caso o partido duplicasse esse número de votos, elegeria mais um candidato e assim por diante.
Justamente para entender quantos candidatos cada partido elegerá, a Justiça eleitoral utiliza o critério do quociente partidário, que é obtido pela divisão do total de votos válidos pelo quociente eleitoral.
Usando os números de Minas Gerais em 2018, um partido que recebeu 1 milhão de votos somando todos os seus candidatos elegeria cinco deputados federais.
Ou seja, essa legenda elegerá os cinco candidatos mais votados do partido. Isso significa que os votos dos demais candidatos não eleitos ajudaram o partido a eleger aqueles que foram mais votados e, portanto, denota a importância de considerar a legenda a qual o candidato pertence.
Outra coisa a ser considerada são os chamados “puxadores” de votos, que são personalidades conhecidas pelo grande público que atraem um número expressivos de votos ajudando a aumentar o número de candidatos eleitos de um partido.
Votar massivamente em um candidato, pode provocar o chamado “efeito Tiririca” que é quando os votos daquele único candidato consegue sozinho eleger outros que mesmo embora tenham ultrapassado a cláusula de barreira, eles não receberam uma votação expressiva.
Por fim, Mariel Marra conclui alertando o eleitor para que ele seja inteligente e estratégico na hora de votar, preferindo destinar seu voto para um candidato de outros partidos ao contrário de votar naquele “puxador de voto” que muita gente já manifestou intenção de votar, para que por fim não acabe elegendo pessoas que não representam suas ideias.
Por Gisele Maia
Foto: Divulgação rede sociais
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