Distribuição desigual de fundo eleitoral no PSOL Nova Lima chama atenção

Thiago Carvalho – Boa segunda-feira, meus leitores! Começando a semana falando da política de Nova Lima, como de costume. Ontem à noite, estava verificando a prestação de contas dos políticos de Nova Lima, no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e alguns valores do fundo eleitoral que chegaram para a cidade me chamaram a atenção

Antes de começar, deixo claro que todas as informações que vou passar aqui são públicas; é dinheiro do contribuinte, podemos e devemos fiscalizar como os partidos e políticos gastam. Sendo assim, antes de escrever qualquer comentário sobre o tema, vá lá e verifique, depois volte aqui. Tenho certeza de que sua opinião será mais sensata.

Dito isso, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) de Nova Lima tem 10 candidatos a vereadores disputando nestas eleições, 6 a menos que o permitido pela lei, ou seja, não conseguiram montar uma chapa completa. Além disso, têm uma candidata à prefeita, Cristiane Nunes. Mesmo o partido estando politicamente enfraquecido, não deixou de receber sua contribuição eleitoral. Até o momento, foram enviados ao município R$ 71 mil.

Um valor “ok”, nada exorbitante, no entanto, a distribuição é que chama a atenção. Cerca de 67% desse dinheiro foi destinado à candidata a vereadora Duda Othero, que, por sua vez, indicou seu marido, Daniel Capellini, como vice na chapa. Duda recebeu R$ 47.500.

Surpreendentemente, a candidata à prefeita, Cristiane Nunes, não recebeu nada de fundo eleitoral, nem o presidente Lucas Emanuel, conhecido como Baggio, que também é candidato a vereador.

Os demais valores foram distribuídos para duas candidatas a vereadoras, Fernanda Tuna e Professora Rebeca Lloyd, que receberam, respectivamente, R$ 11 mil e R$ 12.500.

Nada de irregular nessas transações, porém, ao que parece, o PSOL de Nova Lima tem uma “coronelzinha” que manda no partido na cidade.

Foto: Divulgação TSE