23/set

Conselho Municipal de Saúde de Nova Lima denuncia vereador Anisinho por ‘fura-fila’ no SUS para benefício eleitoral

Thiago Carvalho – Bom dia, meus leitores! Mais uma de nosso prefeito e companhia, o Conselho Municipal de Saúde de Nova Lima (CMS/NL) denunciou ao Ministério Público Estadual (MPMG) irregularidades na realização de cirurgias de catarata no município. De acordo com a denúncia, os procedimentos não seguiram os trâmites regulares do Sistema Único de Saúde (SUS), e há indícios de que o vereador Anísio Clemente Filho, conhecido como Anisinho, favoreceu apoiadores por meio de um esquema de “fura-fila”

Filiado ao partido Cidadania, o vereador pode enfrentar sanções por improbidade administrativa, além de multas e a possibilidade de cassação de seu registro, diploma ou mandato. O partido Cidadania, o mesmo do atual prefeito de Nova Lima, João Marcelo Dieguez, que também concorre à reeleição, pode ser diretamente afetado, perdendo os votos conquistados por Anisinho e, consequentemente, uma vaga na Câmara Municipal.

Vamos aos fatos: A denúncia informa que circulou via WhatsApp uma mensagem oferecendo cirurgias de catarata pelo SUS. O CMS/NL estranhou a falta de identificação dos responsáveis pela iniciativa e, ao contatar a Secretaria Municipal de Saúde, foi informado de que a ação não estava relacionada ao órgão municipal. A secretaria confirmou que a iniciativa era isolada e organizada por Anisinho, sem o conhecimento ou consulta prévia da gestão pública.

As cirurgias foram realizadas na cidade de Mateus Leme, com o transporte dos pacientes sendo providenciado por ônibus disponibilizados pela Prefeitura de Nova Lima. Contudo, não houve exigência de exames médicos, encaminhamentos formais ou triagem adequada para os procedimentos. O CMS/NL levantou a suspeita de que o processo estaria sendo utilizado para fins eleitorais, uma vez que pacientes não prioritários, ao que tudo indica, teriam sido atendidos antes de outros que aguardavam há mais tempo na fila do SUS.

Outro ponto levantado pela denúncia foi a exigência de compra de medicamentos em farmácias específicas, atrelando a realização das cirurgias à aquisição desses remédios, sem oferecer a opção de recebê-los gratuitamente pelo SUS.

De contravenção em contravenção, Nova Lima virou uma terra sem lei.

Foto: Redes Sociais

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