Após denúncia de repórter, dois secretários aparecem para ouvir mãe sobre filho ferido em escola de Nova Lima

Na manhã desta quarta-feira (21), estava marcada para as 10h30 uma reunião entre a senhora Clêta Baroni e o coordenador de Direitos Humanos da Prefeitura de Nova Lima, Gabriel Leandro. O assunto a ser tratado era o ferimento sofrido por seu filho, estudante da Escola Municipal Ana Nascimento, que chegou em casa com lesões nos joelhos e no braço, conforme registrado

Clêta estava acompanhada por Noah Campbell, ativista da causa autista no município, e pela senhora Elaine Lagares, que também teve um filho matriculado na mesma instituição e relatou que, ele foi alvo de violência por parte de profissionais da escola.

O repórter do Jornal Minas, Thiago Carvalho, foi acionado para acompanhar o encontro, a fim de que os desdobramentos fossem relatados à imprensa. No entanto, ao perceber a presença da reportagem, o coordenador de Direitos Humanos se trancou em uma sala e ordenou que outros profissionais cancelassem a reunião.

“É um absurdo a covardia com que a gestão João Marcelo trata as pessoas. A reunião estava marcada para as 10h30, e já havia se passado mais de uma hora sem que o funcionário responsável saísse da sala, com medo da imprensa. Nesse momento, peguei meu celular e gravei um vídeo expondo a situação”, declarou Carvalho.

Após a divulgação do vídeo, que já conta com mais de 35 mil visualizações, mais representantes da Prefeitura apareceram. “É engraçado que, em uma reunião que seria cancelada por falta de espaço, acabaram chegando a diretora de imprensa, Carolina Farah, o secretário de Educação, Marcus Evangelista, e o secretário de Desenvolvimento Social, Matheus Abalem. Isso mostra à população de Nova Lima o descaso com que são tratadas as mães de alunos na nossa cidade. O prefeito João Marcelo faz de tudo para tentar abafar o caso! Eles só vieram aqui ouvir a Clêta depois que a gente não aceitou a situação e expôs mais esse absurdo no jornal”, concluiu o repórter.

“Me senti extremamente desconfortável, constrangida, porque eu não tive o amparo das pessoas ao meu lado. Esse direito me foi deletado, o direito de estar com pessoas de confiança. não foi nada legal. Mas eu consegui colocar a grande maioria das reclamações’ declarou Clêta após a reunião.

Por Gisele Maia