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Déficit habitacional em Minas Gerais é o segundo no país

Um relatório desenvolvido pela fundação João Pinheiro identificou o déficit habitacional estimado para o Brasil, de 2016 a 2019, e revelou Minas Gerais com 496 mil famílias em situação de moradia precária, morando em conjunto, ou “de favor” ou com a economia do lar comprometida pelo valor do aluguel. Pela perspectiva das grandes regiões do Brasil, o Sudeste apresentou os maiores números, em termos absolutos, somando déficit de 2,287 milhões de domicílios, sendo mais de 90% dos casos em áreas urbanas e 70,6% das moradias precárias são improvisadas.

Em 2019, o fator principal para o déficit habitacional no Brasil foi o valor do aluguel nas cidades. Mais de 30% da renda domiciliar de até três salários mínimos foi destinada para essa conta. Ao todo, 3,035 milhões passaram por essa situação, representando 51,7% do total do déficit habitacional do país. Em seguida, vieram as habitações precárias, com 1,482 milhão de unidades, o que corresponde a 25,2% do déficit, e, por último, a coabitação, com 1,358 milhão de domicílios, equivalente a 23,1% do déficit total. Outra situação proeminente é o fato de que 62,2% dos domicílios com déficit são chefiados mulheres.

Habitação, uma parte essencial da vida

A moradia é um direito primordial das pessoas e um dever dos governos. É no lar que o indivíduo se desenvolve e é preparado para ocupar e gerar um espaço saudável dentro da sociedade. Esse é o pensamento do candidato a deputado estadual, Wesley de Jesus, sobre o tema. “É necessário que a moradia seja um local seguro e sadio. Quando essas demandas não são atendidas, a sensação de fragilidade e de baixa estima aumentam. A família perde as condições de criar um ambiente de aprendizado, descanso e fortalecimento emocional e físico. Essa pauta é primordial para mim”, conta.

Wesley lembra que a escassez tem gerado um cenário de risco, pois, a falta de planejamento e de condições de habitação força as famílias a se instalarem em terrenos precários, com risco geológico e sem as mínimas condições de salubridade, em encostas, próximos a rodovias, às margens de rios, etc.. “A situação leva a outros problemas, como descarte incorreto de lixo, consumo de água não potável e dificuldades de acesso à educação. A aglomeração de dificuldades condena gerações ao fracasso, num ciclo que deve ser interrompido. Não ter moradia, não é apenas não ter onde viver. É não ter perspectiva de vida elevada à potência de vários filhos, que geram vários filhos. Vou batalhar para mudar esse quadro”, enfatiza.

De acordo com o candidato, a estratégia é atacar as principais causas do déficit habitacional. “Criar políticas públicas de apoio às mulheres responsáveis pela família, incentivar a baixa no valor do aluguel e promover políticas públicas específicas para regiões e bairros onde é alto o índice de moradias precárias e improvisadas. Não apenas levando infraestrutura, mas saúde, educação, lazer e oportunidade de trabalho e desenvolvimento”, explica.

O déficit habitacional é avaliado a partir de três ocorrências: famílias que enfrentam uma carga demasiada com aluguel, ou seja, ganham até três salários mínimos e empregam 30% da renda com a despesa; moradias compartilhadas entre famílias e os domicílios precários. Wesley defende que além de criar leis para a diminuição de casos, é responsabilidade do Legislativo articular junto ao poder Executivo, meios de findar essa realidade. “É possível fazer diferença. Vamos combater a desigualdade e promover o bem-estar social de forma inteligente, utilizando dos caminhos disponíveis dentro da política. Contem comigo”, finalizou.

Por Gisele Maia

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Comentários

  1. Vandir Santos disse:

    Boa noite.
    O que tenho visto constantemente são as construções de muitos prédios que o cidadão de baixa renda não tem nenhuma condição de alugar ou comprar.
    Outra coisa, programa “minha casa, minha vida” e “casa verde-amarela” construí e está construindo para quem?
    Toda época de eleição aparece essas notícias, a busca de votos. O Brasil precisa ser para todos o ano inteiro.

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