Ipatinga decreta estado de calamidade pública após temporal com dez mortes e destruição
A Prefeitura de Ipatinga, no Vale do Aço, declarou estado de calamidade pública nesta terça-feira (14) apó ...
A duplicação de um trecho de apenas 4 km da MG-030, em Nova Lima, que custou R$ 128 milhões aos cofres públicos, voltou a apresentar problemas graves em menos de sete meses após a entrega. Nesta sexta-feira (9), buracos reapareceram na via, apesar dos reparos realizados recentemente
Os danos estão localizados na faixa direita, entre a entrada para o bairro Cabeceiras e o Trevo das Quintas, no sentido Nova Lima. A prefeitura se posiciona através de notas sem resolver os problemas. Engenheiro aponta possíveis falhas na execução da obra, reinaugurada em julho deste ano.
Este não é o primeiro incidente envolvendo a duplicação mal feita pela gestão do prefeito João Marcelo Dieguez. Em dezembro de 2024, um talude na altura do bairro Cabeceiras cedeu, interditando parcialmente a pista e expondo fragilidades na contenção de encostas. Apesar de ter recebido telas metálicas para reforço, o local não contou com estruturas mais robustas de proteção, o que teria contribuído para o deslizamento.
Em nota, a administração municipal afirmou que já acionou a empresa Bom Retiro para realizar os reparos necessários, mas não deu prazo para a conclusão. Enquanto isso, o trecho segue oferecendo risco para motoristas, especialmente em dias de chuva, quando a visibilidade reduzida e os buracos no asfalto dificultam o tráfego.
Segundo um engenheiro ouvido pela reportagem, os problemas recorrentes indicam falhas na fiscalização durante a execução da obra. “Uma via projetada para um alto volume de tráfego e com investimento tão grande deveria resistir bem às chuvas. A questão é se os materiais e métodos empregados estavam de acordo com o contrato”, aponta o engenheiro civil que preferiu não se identificar por causa de retaliações políticas.
A duplicação da MG-030, via estratégica para o trânsito entre Nova Lima, Raposos, Rio Acima e Belo Horizonte, tem sido alvo de críticas desde o início. “O Tribunal de Contas do Estado (TCE) tem que solicitar informações sobre os custos da obra, que ultrapassaram os valores inicialmente previstos” conclui o engenheiro.
Enquanto isso, motoristas seguem expostos a risco ao trafegar pela MG-030.
Por Thiago Carvalho
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