29/set

“Encontro de Almas” transforma pontilhão de Nova Lima em símbolo de esperança e vida

Neste domingo, 29 de setembro, às 9h, a jornalista Maju Leandro promoverá o quinto “Encontro de Almas” no Pontilhão Paulo Seabra, localizado no bairro Chácara Bom Retiro, em Nova Lima. O evento tem como objetivo conscientizar a comunidade sobre a importância da saúde mental no contexto do Setembro Amarelo, campanha nacional de prevenção ao autoextermínio

Segundo Maju, o encontro é mais do que uma atividade de conscientização. Trata-se de um “ato profético”, já que, conforme relatou, desde o início do projeto “Por Amor a Almas”, há cinco anos, nenhuma vida foi ceifada no pontilhão durante o mês de setembro. “Esse é um local de dor e de perda para muitas famílias. Queremos que ele se torne um símbolo de esperança e superação”, disse.

O projeto vem trabalhando para mudar a percepção de pontos conhecidos por tragédias, transformando-os em espaços de diálogo e apoio. Neste ano, o tema escolhido para o encontro reflete o marco dos cinco anos de atuação, com foco em dar continuidade ao trabalho de prevenção e apoio a quem enfrenta problemas emocionais.

A escolha do pontilhão Paulo Seabra carrega um forte simbolismo. Desde sua inauguração em 1994, o local registrou um número autocaso fatais, em sua maioria envolvendo homens com histórico de distúrbios psicológicos, crises conjugais ou financeiras, e até mesmo portadores de doenças graves.

Nos últimos anos, a instalação de um gradil e o fortalecimento das campanhas de prevenção têm contribuído para a redução das tragédias no local. Mesmo assim, Maju ressalta que ainda há muito a ser feito. “O encontro é uma forma de lembrar a todos que há sempre alguém disposto a ouvir e ajudar. Nossa intenção é romper o silêncio e levar esperança para quem mais precisa”, afirmou a jornalista.

A iniciativa visa não apenas conscientizar, mas também promover a troca de experiências e fortalecer a rede de apoio em Nova Lima. “Queremos que, a cada ano, esse lugar seja lembrado como um espaço de acolhimento, não de dor”, concluiu Maju Leandro.

Por Gisele Maia

Compartilhar esta notícia:


Comentários

Ainda não recebemos comentários. Seja o primeiro a deixar sua opinião.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *



Redes sociais
Jornal Minas