Forças Armadas: “O sistema eleitoral não está isento a fraude”

O Ministério da Defesa apresentou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta quarta-feira (9), o relatório do trabalho de fiscalização do sistema eletrônico de votação, realizado pela equipe de técnicos militares das Forças Armadas.

O tão esperado relatório trouxe informações que corroboram com uma auditória internacional que mostra anomalia nas urnas através de código fontes diferentes. Em 2018 um inquérito já havia mostrado que uma invasão poderia ter alterado os códigos fontes. Nenhuma fiscalização seja da OEA, TCU ou OAB teve acesso aos códigos fontes, tornando impossível uma auditória completa das urnas.

Em nota, o TSE afirmou que o episódio de 2018 foi amplamente divulgado na época e que sigiloso. Também disse que o acesso indevido não teria representado qualquer risco à integridade da eleição, já que o código-fonte dos programas utilizados passaram por “sucessivas verificações, testes, aptos a identificar qualquer alteração ou manipulação.”

Agora em 2022, estes códigos são novamente centro das atenções, já que o relatório das Forças Armadas foi categórico em afirmar não foi autorizado o acesso ao sistema de controle, que não se tem certeza se o código fonte usado nas urnas são os mesmos verificados. Situação que permite uma manipulação destes dados, já que não são verificáveis.

As restrições à fiscalização dificultaram a inspeção do sistema eleitoral segundo o relatório das forças armadas. Segundo o documento, o Tribunal dificultou a análise dos códigos-fonte das urnas eletrônicas. Além disso, os militares apontaram falhas nos mecanismos de fiscalização do sistema no momento da votação. De acordo com as Forças Armadas: “O sistema não está isento a fraude.”

Por Redação