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Nova lei de feiras públicas em Nova Lima privilegia bajuladores de políticos e prejudica o mercado; população paga mais caro e recebe atendimento precário

Por Adriano Sidney – Comerciantes de Nova Lima estão prejudicados com uma nova lei aprovada na Câmara Municipal que “fecha as portas” para quem busca uma nova fonte de renda e privilegia bajuladores de vereadores e da prefeitura sem meritocracia. O projeto, de autoria do vereador Abner Henrique — que já foi secretário de Desenvolvimento Econômico —, define que 70% das vagas para barraqueiros em feiras organizadas pelo município sejam destinadas a quem já participou de eventos anteriores e tenha feito cursos promovidos pela própria secretaria, ou seja aqueles que já estado em seus cadastros de eleitores com o uso da máquina pública da prefeitura de Nova Lima.

Na prática, isso significa que a maioria das vagas vai continuar nas mãos dos mesmos feirantes de sempre. E quem está desempregado, tentando empreender ou começando agora, só tem 30% das vagas — e ainda precisa contar com a sorte de um sorteio.

Os comerciantes sérios veem isso como panelinha oficializada. Eles falam que é para valorizar quem se capacitou, mas o curso é feito dentro da própria secretaria onde o vereador já trabalhou. E quem não teve chance de fazer o curso? Só quem o apoiou. Abner, nunca empreendeu ou fez nada sem dinheiro público, por isso não entende a necessidade real de oportunidade para todos.

Outro problema é o preço. Como os mesmos comerciantes continuam dominando as feiras, os valores dos produtos acabam ficando altos e pouco acessíveis. É sempre a mesma coisa, não muda. Só eles vendem e ninguém mais entra. O povo fica sem opção e paga mais caro nos alimentos e bebidas com atendimento precarizado pela falta de concorrência.

O que era para ser uma política de incentivo à economia local virou uma forma de garantir espaço e lucro para os bajuladores. Mesmo com críticas, o projeto foi aprovado pela maioria dos vereadores da cidade. Enquanto isso, a população segue sem oportunidade de empreender na cidade, em uma competição justa no mercado de eventos, dominado por vereadores e seus puxa-sacos.

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