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Novo Plano de Governo de João Marcelo peca em habitação popular: Em 2020, foi prometido a construção de 1.000 moradias, mas nenhuma foi entregue

Thiago Carvalho – Uma das melhores coisas de escrever minha coluna aqui no Jornal Minas é a interação com os leitores. E após publicar alguns pontos do plano de governo de João Marcelo para 2025/2028, recebi o questionamento de um leitor sobre moradias populares, o que me fez ler novamente o atual plano de governo e procurar o de 2020

Em 2020, João Marcelo disse em seu plano de governo, registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE): “A nossa cidade, que teve destaque recentemente por ter a maior concentração de pessoas ricas do Brasil, tem uma enormidade de pessoas que não têm onde morar ou residem em condições precárias, sendo essa uma grande questão social de Nova Lima, originada há décadas pela falta de Planejamento Urbano inclusivo e voltado para habitação social e regularização fundiária. Com esse programa iremos oferecer habitação a pelo menos 1.000 famílias que hoje estão no nosso município de forma precária, vivendo constantes riscos à vida e saúde.”

Como sabemos, nada foi entregue pela gestão Dieguez. No atual plano de governo, as propostas são ainda mais vazias. “No campo da habitação, agimos com resiliência para trazer programas que nos ajudem a enfrentar este que é também um grande desafio de nossa cidade: a moradia. Por isso, tão importante quanto construir unidades habitacionais é colocar as casas nos nomes dos moradores, razão pela qual começamos com a Regularização Fundiária (REURB), em 53 bairros. No final de 2023, graças ao nosso trabalho junto à esfera federal, conquistamos centenas de unidades habitacionais pelo Ministério das Cidades, dentro do programa federal Minha Casa, Minha Vida”. Diz o atual plano de governo de João Marcelo.

Em resumo, João Marcelo transfere a responsabilidade para o governo federal. Tendo em vista o anúncio de corte de 15 bilhões no orçamento feito por Lula, dificilmente Nova Lima verá uma casa popular construída (espero errar nessa previsão).

O que fica claro é que prometer é fácil, executar não. Desviar a atenção para a regularização fundiária e a dependência de programas federais, que, como sabemos, estão sujeitos às intempéries das políticas econômicas e orçamentárias do país é deslealdade com o povo.

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