Insegurança em Nova Lima: Carro tem vidro quebrado e mochila furtada; é a quinta vez que esse tipo de crime ocorre no local
Um homem furtou uma mochila de dentro de um carro estacionado em Nova Lima na última sexta-feira (6). O crime ...
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) com apoio das polícias Militar e Civil deflagrou na manhã desta segunda-feira (9) a terceira fase da “Operacão Hexagrama”, que cumpriu mandados de prisão preventiva contra policiais militares e civis. Dos 18 militares investigados, 15 foram detidos, e 11 de 12 de policiais civis foram presos. Outras três pessoas envolvidas nas investigações de corrupção dentro das forças de segurança também foram presas.
Ainda foram cumpridos 60 mandados de busca e apreensão. A operação ocorreu em Belo Horizonte, Ribeirão das Neves, Santa Luzia, Esmeraldas, Contagem, Nova Lima, Vespasiano, Sabará, Betim e Lagoa Santa – todas na região metropolitana da capital.
A Hexagrama investiga práticas de corrupção ativa e passiva, exploração ilegais de jogos de azar, homicídio, extorsão, ameaça, lesão corporal, dano ao patrimônio, destruição de cadáver, comércio ilegal de armas de fogo de uso restrito, dispas em via pública e lavagem de dinheiro.
Foram empenhados 62 policiais militares e 70 civis durante as buscas nesta segunda.
“A operação é a terceira fase da Operação Hexagrama, originalmente deflagrada em 6 de março de 2020, em que foram presas 14 pessoas – entre as quais dois policiais civis e cinco policiais militares – envolvidas na exploração de jogos de azar, em Belo Horizonte, e em outras quatro cidades da região metropolitana. Com a continuidade das investigações, foram identificados outros 32 novos integrantes do grupo criminoso”, diz o MPMG em nota.
Conforme o promotor de Justiça Petterson Queiroz, dos 18 mandados de prisão preventiva focados em policiais militares, 15 foram cumpridos.
Dois dos agentes não foram localizados e, o último, é o pré-candidato por Ribeirão das Neves. O órgão não revelou nomes, nem partidos dos pleiteantes.
Dos 12 policiais civis com mandado de prisão emitidos, onze foram presos – um deles não foi encontrado, informou o MPMG. Dos demais civis, não ligados às forças de segurança do Estado, um já havia sido preso anteriormente e outros dois estão foragidos.
Foram apreendidos cerca de R$ 110 mil em espécie durante as diligências, um cheque de R$ 50 mil, quatro veículos, munições de calibres diversos, uma granada de efeito moral, 120 buchas de maconha, documentos e aparelhos celulares dos investigados.
Conforme o MPMG, a quadrilha – que era chefiada por uma pessoa presa em março, e gerenciada por outras que também foram detidas à época – comandava vários pontos de jogos de azar na capital e em cidades da região metropolitana.
A participação dos agentes públicos no esquema ocorria de diversas formas. Havia alguns que eram pagos para fazer “vista grossa” para os crimes, mas também existiam policiais militares e civís que atuavam ativamente no esquema criminosos.
Foram identificadas condutas como escolta de membros da quadrilha, ameaças a quadrilhas rivais e destruição de equipamentos de caça-níquel de concorrentes, homicídios mandados e destruição de cadáver, por exemplo.
Os investigadores não detalharam o número de pessoas que foram executadas pelo grupo, nem como ocorreram os desmantelamento de corpos.
“Não era uma ação concatenada entre todos (os envolvidos). Havia divisão de tarefas. Alguns faziam escolta, outros faziam a segurança dos pontos de caça-níqueis do líder. Alguns apenas se omitiam de autuar os locais. Em alguns casos, houve homicídios mandados pelo líder da operação”, pontuou Queiroz.
O líder da organização, pontuou o investigador, é “uma pessoa bastante carismática, com grande poder de liderança”. Questionado se havia alguma ligação entre a quadrilha e algum partido ou organização política, o MPMG negou.
“Todos esses crimes orbitam no jogo de azar e são uma forma de manter o negócio funcionando. Esse caso de homicídio foi um extermínio de um concorrente. A corrupção passiva está ligada a permitir que o jogo funcionasse de forma livre, as ameaças também, todos esses crimes estavam ligados diretamente à exploração ilegal do jogo”, frisou o investigador.
A operação ainda está em andamento.
Por Redação Jornal Minas
Que os ”nobres deputados” desengavetem o projeto sobre jogos de azar no brasil, e criem mecanismos de fiscalização, criando assim empregos direto e indireto, além de recolhimento de impostos. Aí sim vai acabar com esse enxugamento de gelo.