29/maio

Se o trânsito caótico não for solucionado, o mercado imobiliário de Nova Lima corre o risco de falir

Por Iago Leonay – Nos últimos anos, Nova Lima foi uma das cidades que mais cresceram na Gande BH. O desenvolvimento econômico, aliado ao aumento de empreendimentos imobiliários — especialmente na região do Vila da Serra — transformou o município em um dos destinos mais desejados por quem busca qualidade de vida e infraestrutura diferenciada. No entanto, esse crescimento acelerado também trouxe grandes desafios, principalmente relacionados à mobilidade urbana

O principal acesso entre a cidade e a capital mineira, por meio da região do Vila da Serra e da MG-030, tem enfrentado congestionamentos diários, especialmente nos horários de pico. A estrutura atual já não comporta o volume de veículos que circulam entre as duas cidade e compromete a rotina de milhares de moradores.

Essa realidade tem gerado frustração em muitas pessoas que vivem em Nova Lima, mas trabalham ou estudam em Belo Horizonte. Mais do que um incômodo, o tempo excessivo no trânsito se tornou um fator decisivo na escolha de onde morar. Famílias que antes viam o município como um refúgio de tranquilidade e qualidade de vida começam a repensar suas decisões — e algumas, inclusive, desistem de adquirir ou permanecer em imóveis na cidade por causa da dificuldade de acesso à capital.

O mercado imobiliário de Nova Lima segue aquecido, mas a falta de soluções eficazes para a mobilidade urbana pode, a médio e longo prazos, comprometer a atratividade de determinados bairros ou regiões. A facilidade de deslocamento passou a ser um critério central na busca por imóveis.

Uma das formas de mitigar os impactos do crescimento sobre a mobilidade está nas chamadas contrapartidas urbanísticas — exigências feitas pela Prefeitura às construtoras como condição para aprovação de novos empreendimentos. Esse modelo permite que a cidade avance na solução dos problemas de mobilidade sem necessariamente onerar os cofres públicos, já que o próprio empreendedor assume parte da responsabilidade pelos impactos gerados. Só assim será possível garantir que os benefícios de morar na cidade não sejam ofuscados pelos obstáculos do dia a dia — e que o sonho de viver bem não acabe no engarrafamento.

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