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Desde a última sexta-feira (18), quando a Magazine Luiza anunciou o lançamento de um programa de trainee exclusivo para pessoas negras, as ações da empresa negociadas na bolsa de valores de São Paulo passaram por uma leve valorização, de cerca de 2,6%. Os papéis, que eram negociados a R$ 87,16 na sexta, fecharam a terça-feira a R$ 89,48.
Existe uma correlação entre as duas histórias? Teria o anúncio de um programa de trainees exclusivo para negros – que repercutiu fortemente na mídia e na sociedade – feito as ações da empresa subirem?
Os valores dos papéis de uma empresa negociados na bolsa de valores estão sujeitos a inúmeros fatores. Nos primeiros trimestres deste ano, por exemplo, a Magalu se beneficiou de um aumento na demanda por compras online, por conta da COVID-19, e por estar bem posicionada para atender a esse crescimento por conta de investimentos anteriores em tecnologia.
Mas, entre esses, há um fator que tem aumentado em importância também nos últimos anos, segundo especialistas: a responsabilidade social da empresa. Nesse sentido, o movimento da Magalu de tentar corrigir uma distorção racial identificada em seus quadros pode emitir um sinal positivo para o mercado, de que a liderança está alinhada às práticas mais modernas de gestão da atualidade.
Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, o CEO da empresa, Frederico Trajano, compartilhou números que comprovam essa distorção racial. Apesar de 53% dos funcionários da Magalu serem negros, apenas 16% dos líderes são negros. Em 15 anos de programas de trainees, de 250 formados, apenas 10 eram negros.
“Essa dificuldade de acesso tem sido um problema para uma companhia que acredita que a diversidade aumenta a competitividade, e queremos resolvê-lo”, disse Trajano.
Na visão do executivo, compartilhada por algumas das maiores empresas do mundo, como a Bayer, que lançou também um programa de trainees exclusivo para negros, uma empresa diversa é mais capaz de enfrentar os desafios gerenciais e estratégicos que se apresentam em um mundo em constante transformação.
Recentemente, a Natura também se demonstrou alinhada a essa tendência de valorizar a diversidade, ao incluir em uma campanha publicitária um transexual, o ator Thammy Miranda. Coincidência ou não, as ações da Natura também se valorizaram logo na sequência, apesar de a empresa ter recebido críticas de setores mais conservadores da sociedade.
Por Redação Jornal Minas
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