Política de Propósito – Natal entre memes e polarização nas famílias
Na edição de Natal da coluna “Política de Propósito” do Jorna Minas, Júlia Giovanni aborda as ...
As emoções são parte essencial da vida em sociedade, ou seja, a alegria, a raiva e todas as outras sensações que vivenciamos diariamente são naturais no nosso cotidiano. Entre esses sentimentos, existe a inveja, que, em síntese, é a vontade de ter o que o outro tem
“Nas relações sociais, a competitividade e as comparações são as principais causas para o surgimento da inveja”, diz Filipe Colombini, psicólogo e CEO da Equipe AT. “O interessante é que mesmo sendo um sentimento natural, pouca gente admite sentir inveja, já que, além de ser uma sensação socialmente estigmatizada, o sentimento só existe se a pessoa se sente em desvantagem perante outra pessoa”, comenta o especialista.
Segundo Colombini, compreender os próprios sentimentos e o gatilho deles é fundamental para buscar o equilíbrio emocional. “O que realmente importa não é se você sente ou não inveja, mas, sim, o que a provoca”, explica Colombini.
A dica do especialista, portanto, é, ao vivenciar a sensação, tentar identificar o que causou a inveja, evitando lutar contra o sentimento. “A negação, normalmente, só faz aumentar a intensidade do problema”, conclui o psicólogo.
Muitas vezes, o sentimento de inveja está ligado à baixa autoestima, por isso, o apoio de um especialista pode ajudar o invejoso a gerenciar melhor a sensação. “Muitas comparações na infância e na adolescência feitas por familiares, que, em geral, têm a ver com relações tóxicas, acabam criando um ideia negativa sobre si mesmo e uma grande dificuldade em reconhecer o próprio valor”, afirma Colombini. “Por isso, o acompanhamento de um profissional da saúde mental é importante para ajudar a pessoa a lidar com a auto imagem, sendo que o profissional poderá ensinar técnicas de regulação emocional para os momentos em que sentimentos incômodos como a inveja aparecerem”, recomenda.
Por Beatriz Marques Dias
Foto: Fizkes
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