11/maio

Jovem de Nova Lima falece após complicações com balão intragástrico

Laura Fernandes Costa, uma engenheira de 31 anos, faleceu após enfrentar complicações relacionadas à colocação de um balão intragástrico, um procedimento realizado por endoscopia

Segundo informações fornecidas por um familiar à reportagem do Jornal Minas, Laura estava noiva e prestes a se casar em 7 de setembro de 2024. Sua motivação para realizar o procedimento era perder 8kg até a data do casamento. Com esse objetivo em mente, ela procurou um médico e submeteu-se à inserção do balão intragástrico em 26 de abril, em uma clínica no bairro Barreiro, em Belo Horizonte.

De acordo com a familiar, a consulta de Laura com o médico foi breve, e foi transmitido a ela que o procedimento era simples, o que levou a engenheira a não compreender os reais riscos envolvidos. A família não tinha conhecimento do procedimento até que surgiram complicações. Após o procedimento, Laura enfrentou desconforto desde o momento da inserção do balão, buscando a remoção do mesmo nos três dias seguintes. No entanto, o médico teria recusado a atender ao seu pedido. No dia 30 de abril, Laura acordou vomitando sangue e buscou novamente o médico, que mais uma vez negou a retirada do balão. No dia seguinte, embora tenha sido agendada uma consulta para medicá-la e hidratá-la, o médico a deixou sem atendimento após atender apenas duas pessoas. No dia 2 de maio, após implorar mais uma vez, o médico finalmente removeu o balão.

Laura continuou a sentir dores intensas e recebeu prescrições para alívio da dor e medicamentos para o estômago. Incapaz de dormir e se alimentar adequadamente, ela procurou atendimento no hospital Nossa Senhora de Lourdes, em Nova Lima. Lá, foi diagnosticada com peritonite após uma tomografia, e foi submetida a uma laparotomia, revelando a presença de conteúdo gástrico e fecal em seu abdômen. Laura foi transferida para a UTI em estado grave e acabou falecendo no final da tarde após a cirurgia.

A família, profundamente abalada e revoltada, clama por justiça. Eles expressam sua indignação com o tratamento negligente recebido por Laura e sua falta de atenção às suas queixas de dor. Eles exigem que o médico e sua equipe sejam responsabilizados e que medidas sejam tomadas para evitar que casos semelhantes ocorram no futuro.

“Laura era amada por todos, seu sorriso era contagiante. Ela estava feliz, e infelizmente não poderá mais trazer alegria para sua família e amigos. Laura era uma pessoa adorável, inteligente, amiga e uma ótima filha. Ela fará muita falta”, desabafou a familiar, visivelmente emocionada.

A equipe do Jornal Minas tentou entrar em contato com a clínica e o médico responsável pelo procedimento para comentar o caso, porém, até o momento da publicação desta matéria, não obteve resposta.

Por Gisele Maia
Foto: Redes Sociais

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