18/out

‘‘Assalto eleitoral’’: professora Vivian critica implementação da PPP pela gestão João Marcelo

Na noite de terça-feira (15), servidores da educação de Nova Lima realizaram um protesto na Câmara Municipal para manifestar repúdio aos cortes de salários e benefícios que resultaram da implementação de uma Parceria Público-Privada (PPP) na gestão das escolas municipais. A medida, adotada pela administração do prefeito João Marcelo Dieguez, provocou insatisfação entre os trabalhadores, que denunciam a perda de direitos e o aumento da carga horária

Vivian Pereira, professora efetivada na prefeitura, expressou preocupação com os impactos práticos da PPP. Segundo ela, a medida prejudicou os servidores, que vêm enfrentando perdas de direitos desde a reforma administrativa de sete anos atrás. “Nós defendemos a educação pública e a valorização dos profissionais que trabalham nas escolas. Quando Nova Lima passou o projeto das PPPs na Câmara, lutamos contra essa privatização, pois entendemos que ela não é o caminho para solucionar os problemas da educação. Educação de qualidade se faz com a valorização de quem trabalha”, afirmou.

Pereira destacou o sentimento de frustração que tomou conta dos servidores após o anúncio dos cortes, que ocorreu apenas quatro dias após as eleições municipais. “Um sentimento de assalto eleitoral com o anúncio da prefeitura municipal sobre o corte de direitos e benefícios das trabalhadoras da Educação de Nova Lima, que são em grande parte mães de família, foram surpreendidas com a notícia de que seus contratos serão finalizados em 4 de novembro”, relatou.

De acordo com a professora, o anúncio foi feito pela concessionária responsável pela gestão dos serviços educacionais, sem a presença de representantes do governo municipal para esclarecer a situação. “Estamos tratando da educação pública do município. Somos contra terceirizações e entendemos que um serviço essencial como a educação deve ser gerido pelo poder público. Entregar os recursos para a iniciativa privada é um erro que Nova Lima não precisa cometer. Temos condições de manter um serviço de qualidade com servidores concursados e capacitados”, concluiu.

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