João Marcelo dá mais um golpe na educação inclusiva em Nova Lima; profissionais são impedidos de ensinar

O prefeito de Nova Lima, João Marcelo Dieguez, após demitir todos os professores especializados em técnicas e metodologias voltadas para o desenvolvimento de crianças autistas e com deficiência na rede municipal, prometeu um novo processo seletivo. No entanto, optou pela substituição desses profissionais por assistentes com formação de nível médio, e nesta terça-feira(30), o a educação inclusiva em Nova Lima, recebeu mais um golpe do prefeito João Marcelo

Para Dieguez, não basta que os contratados recebam salários menores; eles também foram oficialmente instruídos [ proibidos ] de que sua função não inclui a responsabilidade pelo aprendizado dos estudantes. Suas atribuições se restringem a cuidados como alimentação, higiene e locomoção. Essa orientação foi comprovada por slides fotografados durante o curso realizado hoje. Em resuma, João Marcelo contratou babás em vez de professores.

As fotos vazaram para as mães dos estudantes que alegam quebra de confiança da gestão municipal e precarização no atendimento aos seus filhos que , segundo elas, mereceriam apoio pedagógico no horário regular de forma especializada, como era realizado anteriormente e com grandes avanços.

Na prática, no horário regular, a aprendizagem e a utilização de metodologias diferenciadas ficarão somente sob a responsabilidade do professor regente gerando mais sobrecarga ao seu trabalho.

A negligência com estudantes autistas e com deficiência mostra uma postura capacitista do Secretário de Educação de Nova Lima, Marcos Evangelista. O direito desses alunos de aprender e se desenvolver tem sido limitado. Nos bastidores, o que se fala é que os professores custavam muito caro para a gestão. “Os estudantes com deficiência da cidade não merecem esse investimento?”, questionou uma mãe à reportagem do Jornal Minas.

Por Thiago Carvalho