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Aurora, Peregrino e James são algumas das aves responsáveis por espantar pássaros que podem comprometer a segurança das aeronaves. Há também um cachorro na equipe, Martin, pointer inglês
Desde as primeiras horas da manhã, antes do sol raiar, Aurora já está pronta para mais um dia de trabalho. Ela cumpre essa rotina incansável de segunda a segunda, em três turnos de serviço. A missão? Fazer a “ronda” de um dos pontos mais movimentados do Brasil: o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, na Grande BH. No entanto, o que torna Aurora única em meio aos sete mil funcionários que operam o terminal é o fato de ser um falcão sacre, uma ave de rapina treinada para espantar outras aves. No crachá, sua função é listada como “assustadora de quero-quero”. Peregrino e James também fazem parte dessa patrulha alada que “protege” o céu na região do aeroporto, visando evitar colisões, incidentes e até o fechamento da pista.
“É muito importante a participação deles aqui, porque a gente atua com gerenciamento de risco da fauna. Nossa missão é diminuir ao máximo possível o perigo que as aves trazem para a operação do aeroporto”, explica o biólogo e coordenador de manejo de fauna do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, Marcos Cruz.
Ao todo, seis aves, entre gaviões e falcões, integram essa equipe especializada de “funcionários”. Todos eles possuem crachá e são treinados com técnicas de falcoaria para espantar as aves que se aproximam do terminal. Desde 2014, o aeroporto adotou essa inovadora abordagem como parte de suas medidas de prevenção. Essa iniciativa tem tido resultados positivos na redução das colisões entre aves e aeronaves.
A ação não se limita apenas ao céu, pois Martin, um cachorro da raça pointer inglês, também desempenha um papel fundamental na segurança aeroportuária. Ele “trabalha” como fiscal dos canteiros do aeroporto, assim como as aves. Martin tem seu próprio crachá e segue horários determinados pela equipe responsável pelo manejo de fauna. “O Martin é um cão de caça. No intervalo entre pousos e decolagens, a gente pede autorização à torre e ele atua correndo atrás das aves, espantando tudo que for pássaro. Sua função é de suma importância para garantir a segurança no aeroporto”, destaca Cruz.
Por Jorge Marques com informações do Portal G1
Foto: Foto: BH Airport/Divulgação
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