Clima esquenta e vereadores são vaiados em Nova Lima

O clima esquentou na Câmara Municipal de Nova Lima, tudo por conta da votação do Projeto de Lei Ordinária (PLO) 2134/2022 que altera a Lei Municipal nº2.682, de 14 de maio de 2019, fixando novo piso salarial aos servidores públicos municipais detentor de cargo efetivo de Magistério. do Magistério.

A plenária estava cheia, os vereadores estavam claramente incomodados com a pressão popular em cima deles para não aprovar o reajuste da forma que está no Projeto de Lei que define o piso salarial para professores de Nova Lima em R$ 2.173,37, valor 43% inferior ao piso nacional que o presidente Jair Bolsonaro estabeleceu em R$ 3.845,63 em fevereiro deste ano.

Logo no início da reunião desta terça-feira (20) o vereador Silvânio Aguiar que havia pedido vista do projeto na última semana, disse que “fomos a administração e fomos recebidos pelo Pedro Dornas [Secretário de Educação] e pelo secretário de administração [Francisco Cançado] … as informações que nos passaram naquele momento elas fazem com que a gente vote o projeto […] com mais tranquilidade. Como eu pedi vistas do projeto, eu tô fazendo a comunicação, já devolvi o projeto [para a Câmara] e é isso aí, quero agradecer ao Senhor [Vereador Anisinho]”, concluiu o vereador.

Sob muitas vaias e gritos, o persistente da casa, Anisinho (PTB), consultou o plenário e colocou em primeira e segunda votação no mesmo dia. A vereadora Juliana Sales (Cidadania) pediu a fala após a segunda votação que aprovou o projeto por unanimidade.

“Pela ordem presidente”, iniciou Sales – “Quero aqui justificar meu voto favorável a este projeto”, segue a vereadora sob vaia das professoras. “É natural que muitos estejam insatisfeitos com meu voto. […] forma inúmeras as discussões que nós tivemos tanto com representantes do Fundeb, do Conselho Municipal de Educação, com o Poder Executivo. Porém durante a fala sobre ouvir todos os lados Juliana é questionada pelas professoras presente e muda o tom: “Aqueles que me elegeram e me colocaram nesta cadeira hoje, as 2078 pessoas, elas confiam em mim e certamente elas não estão aqui”. Diz a vereadora olhando para a plateia cheia de representantes da educação. E concluiu dizendo que dá o voto de confiança ao poder executivo”.

Desta forma terminou a última reunião plenária de Nova Lima, houve ainda manifestação das professoras com mega fone e críticas severas contra a votação. ” A casa legislativa de 2021 que entrou é uma vergonha”, gritou uma das manifestantes com um megafone.

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Por Thiago Carvalho