Thiago Almeida inicia convocação de aprovados em concurso público na Câmara de Nova Lima
O Presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Nova Lima, Thiago Almeida, iniciou o processo de convoca ...
No dia 8 de janeiro de 2022, a duas semanas do acidente da Vale em Brumadinho completar três anos, a BR-040 foi tomada pela lama do rompimento da pilha estério e o transbordamento de um dique de rejeitos da mina Pau Brnaco. Além deste caso, moradores das regiões atingidas pela cheia do Rio das Velhas, registraram entre o barro do rio, grande concentração de um material mais denso, de cor escura. Neste ponto, alguns estudos começam a ser realizados.
Isto motivou a abertura da CPI das Mineradoras em Nova Lima, porém após ser apresentada na plenária no dia 1 de fevereiro, a comissão não apresentou nada de concreto para a população de Honório Bicalho. Neste mesmo período, a vereadora Juliana Sales (que não faz parte da Comissão), conseguiu que o Ministério Público de Minas Gerais acatasse seu pedido e vai investigar a lama das enchentes que assolaram Nova Lima em janeiro, especialmente Honório Bicalho e Santa Rita. Além do advogado Wesley de Jesus, que coletou materiais em pontos específicos dos locais atingidos e pagou um laudo particular à empresa Geosol, que atestou a presença de componentes derivados de material beneficiado pela mineração.
Esta morosidade nas ações da CPI, trouxe o advogado Mariel Marra à Câmara de Nova Lima, e em conversa com o Jornal Minas, Marra explica seu posicionamento sobre um possível boicote aos trabalhos na CPI das Mineradoras.
“Estive pessoalmente nesta quarta (6/4) na Câmara Municipal de Nova Lima conversando com alguns vereadores com o intuito de buscar informações a respeito da CPI das Mineradoras.
Como todos sabem, o município de Nova Lima e outros na região, sofreram muito com as chuvas no início de 2022 e a população, no geral, teve enorme prejuízo por conta dos alagamentos.
Mas agora, após quase 2 meses desde a instalação da CPI, a população espera ansiosamente que os problemas sejam solucionados e se for o caso, os responsáveis pelos danos também sejam punidos.
Porém eu sai daquela reunião com a triste impressão de que os trabalhos da CPI estão internamente sofrendo um boicote. Ainda é cedo para apontar quem possa estar interessado no fracasso dos trabalhos daquela CPI e espero sinceramente estar enganado, porém vejo que o processo administrativo da Câmara para a resolução dos trabalhos da CPI, tem na verdade prejudicado o trabalho investigativo daquela comissão pelo decurso do tempo.”
A reportagem do Jornal Minas tentou contando com a assessoria da Câmara Municipal nesta manhã, porém não obteve retorno.
Por Gisele Maia
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