10/maio

Em caso de enchente, como no RS, Nova Lima, Raposos e Sabará seriam atingidas

Estudo Compara Possíveis Impactos de Enchentes entre Porto Alegre e Região Metropolitana de Belo Horizonte

Recentemente, escritórios de arquitetura e urbanismo de Porto Alegre conduziram um estudo comparativo, em parceria com o Instituto de Pesquisas Hidráulicas IPH/UFRGS, visando entender os possíveis impactos de enchentes em áreas urbanas. O foco foi traçar um paralelo entre as recentes inundações que atingiram a capital gaúcha e a Região Metropolitana de Belo Horizonte.

O estudo, liderado pela Urbideas e Versaurb, não se trata de um mapeamento específico das regiões que poderiam ser inundadas em caso de eventos extremos de chuva, mas sim de uma análise da extensão territorial afetada. Foram considerados os dados de precipitação em Porto Alegre, onde entre os dias 28 de abril e 5 de maio registrou-se um total de 327,4 milímetros de chuva, segundo informações da MetSul.

Os resultados revelam que se as áreas alagadas de Porto Alegre fossem transferidas para Minas Gerais, pelo menos cinco cidades da região metropolitana de Belo Horizonte seriam diretamente impactadas. Além da capital mineira, cidades como Contagem, Ibirité, Ribeirão das Neves e Betim estariam sujeitas a inundações. É importante ressaltar que as diferenças de relevo e a hidrografia entre as regiões podem influenciar nos resultados, e o estudo focou exclusivamente na extensão territorial das áreas afetadas. Parte dos municípios de Nova Lima, Raposos e Sabará também poderiam ser afetados, conforme evidenciado no mapa comparativo.

Contudo, é fundamental destacar que o estudo se concentrou apenas nas chuvas na Região Metropolitana de Porto Alegre, enquanto o estado do Rio Grande do Sul como um todo enfrentou severas consequências. Algumas cidades do interior gaúcho relataram acumulações de até 800 milímetros de água nos últimos dias, de acordo com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).

Os impactos das enchentes são devastadores, e até o momento, os dados da Defesa Civil Estadual contabilizam 107 mortes, 136 pessoas desaparecidas e aproximadamente 1,47 milhão de pessoas afetadas de alguma forma. A tragédia também atingiu 425 municípios, evidenciando a magnitude dos desafios enfrentados pelas comunidades afetadas.

Neste contexto, a importância de estudos comparativos como este reside na conscientização sobre os riscos e na busca por soluções eficazes para mitigar os impactos das enchentes, visando proteger vidas e garantir a segurança das populações vulneráveis em face de eventos climáticos.

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