17/out

“Fazer da gente uma escrava’’, servidora critica PPP de João Marcelo em Nova Lima

Na noite de terça-feira (15), servidores da educação de Nova Lima realizaram um protesto na Câmara Municipal contra os cortes de salários e benefícios, resultantes da implementação da Parceria Público-Privada (PPP), feita pelo prefeito de Nova Lima, João Marcelo Dieguez, na gestão das escolas municipais. Os manifestantes, em sua maioria profissionais da área educacional, denunciam a perda de direitos e o aumento da carga horária, o que gerou indignação entre os trabalhadores. “E isso corta o coração da gente, saber que estão prestes a nos tirar e a fazer da gente escrava”, disse uma funcionária decepcionada”, disse uma funcionária decepcionada

O repórter Willian Souza, do Jornal Minas, esteve no local e conversou com algumas das funcionárias presentes. Rosilene, moradora do bairro Cruzeiro, afirmou que os cortes estão afetando diretamente a subsistência dos servidores e de suas famílias. “Estamos aqui reivindicando nossos direitos porque cortaram nossos benefícios e nossos salários. São coisas básicas que estamos pedindo”, disse ela. Segundo Rosilene, as mudanças impostas pela nova gestão da PPP surpreenderam os trabalhadores: “A gente ficou sabendo que uma nova empresa entraria e que as coisas continuariam do mesmo jeito, mas a surpresa veio com o corte de 20% do salário e do tíquete-alimentação, além do aumento da carga horária.”

A servidora também lamentou o impacto das mudanças na vida familiar dos profissionais. “Muitas mães não sabem o que responder ao filho quando ele pede um pão. Muitos pais saem de casa cedo e não veem os filhos acordarem, e os filhos não veem os pais chegarem”, relatou Rosilene. Ela ainda criticou o aumento da carga horária para 44 horas semanais sem contrapartida salarial justa: “Estamos sendo tratadas como escravas. Queremos um salário digno e manter nossa carga horária como está, para termos pelo menos o sábado, o domingo e os feriados.”

As críticas à gestão de João Marcelo se intensificam com a implementação da PPP, que foi apresentada pelo marketing do prefeito como uma solução para melhorar a qualidade dos serviços, mas, na realidade, trouxe retrocessos nas condições de trabalho e nos direitos adquiridos.

Por Gisele Maia
Foto: Reprodução

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