08/dez

Gerente de comércio é preso por tentativa de feminicídio e tortura contra funcionária em Nova Lima

Uma noite que deveria ser de confraternização terminou em violência extrema em Nova Lima. Um gerente de comércio de 55 anos foi preso preventivamente acusado de tentar matar e torturar a funcionária com quem mantinha um relacionamento extraconjungal.

O crime aconteceu na noite de domingo (30/11), após a festa da empresa, realizada no Centro de Nova Lima. Segundo testemunhas, o gerente insistia para que a jovem saísse do ambiente com ele. Ela recusou várias vezes, alegando que a relação havia acabado devido às agressões e ao comportamento controlador dele.

Funcionários que conversaram com o Jornal Minas afirmam que o homem é casado e vivia o relacionamento extraconjugal com a funcionária há quase um ano. “Ele sempre foi agressivo com ela, chamava atenção na frente de todos, ficava irritado quando outro funcionário conversava com ela”, disse uma testemunha sob anonimato.

A jovem concordou em entrar no carro apenas porque ele prometeu deixá-la na porta de casa para conversarem rapidamente. No trajeto, porém, o homem mudou a rota de forma brusca e seguiu para o bairro Barra do Céu, em um trecho isolado.

Dentro do carro, a violência começou. Segundo o depoimento, ele apertou seus braços, deu socos e tirou a chave do veículo para evitar que ela saísse. A delegada Mellina Clemente explicou que ele chegou a ordenar que ela pulasse do carro em movimento. A vítima recusou, com medo.

Em determinado momento, ela conseguiu abrir a porta. Ao tentar sair, o agressor se debruçou sobre suas pernas, segurando o celular dela. Ela caiu para fora do veículo, bateu a nuca e as costas no chão e foi arrastada por vários metros enquanto ele acelerava.

As imagens obtidas pela reportagem mostram as costas, nuca e braços da vítima completamente esfolados. Testemunhas próximas dizem que ela “não conseguia deitar, sentar ou vestir roupa sem dor intensa”.

Ao perceber a gravidade, o homem a abandonou e fugiu. A jovem conseguiu ajuda e relatou o caso à polícia. A prisão preventiva foi decretada cinco dias depois, para evitar qualquer tentativa de intimidação.

Por Gisele Maia

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