Incêndio destrói antigo posto de saúde da Prefeitura de Nova Lima
Na madrugada deste domingo (17), um incêndio destruiu um imóvel pertencente à Prefeitura de Nova Lima, loca ...
Reunião extraordinária do dia 18/11 da Câmara de Itabirito foi marcada pela discussão da construção de 10 UTIs no Hospital São Vicente de Paulo. O projeto de lei 182/2021 “ratifica o protocolo de intenções firmado entre o município de Itabirito e a Sociedade Beneficente São Camilo – Hospital São Vicente de Paulo”, foi aprovado por unanimidade pelos vereadores. Apesar da unanimidade na aprovação do Projeto em primeiro turno, parlamentares alegaram certa dificuldade no entendimento de algumas ações propostas no projeto.
O Secretário de Saúde, Marco Antônio Felix, e a Secretária de Planejamento Econômico, Débora Aguiar estiveram presentes na sessão extraordinária para explicar a aplicabilidade do projeto. O Secretário de Saúde e também diretor técnico do Hospital São Vicente de Paulo, esclareceu questionamentos levantados pelos vereadores em relação a destinação dos leitos de UTI para pacientes do SUS.
“Não, pois é um direito de todos. O indivíduo que tenha um plano de saúde é um cidadão que tem acesso à saúde da mesma forma. Portanto, a UTI terá um órgão regulador”, informou Marco Antônio. Esclareceu ainda que a lista para utilização dos leitos será de acordo com a necessidade, e não se o paciente é usuário de plano de saúde, particular ou SUS.
Perguntado sobre a possibilidade da construção de um hospital municipal, o secretário alegou que seria uma obra com valor bem superior, e que a construção das UTIs é algo “imediato”.
Sobre as UTIs serem construídas na UPA do município, o Secretário enfatizou que esse tipo de construção não pode ser feito, senão, em área hospitalar. Sobrando apenas o Hospital São Vicente de Paulo para receber esses leitos.
O vereador Fabinho Fonseca, se diz favorável a construção da UTIs, mas mostrou-se preocupado com a destinação das vagas: “Sou 100% favorável a construção dos leitos, mas acho que seria interessante que fosse feito na UPA para que a prefeitura administre os leitos. Nós temos espaço na UPA e são 10 milhões que a prefeitura irá gastar e o município não vai ter como administrar essas vagas. Acho que seria importante repensar para a gente ter um ganho maior”.
Fabinho disse ainda que é muito importante para a região uma obra como essa: “Essa construção é um ganho para a saúde de Itabirito, um sonho da população. Já que vai gastar esse dinheiro para construir, para a manutenção, deveria construir na UPA, para que a administração fique 100% com a prefeitura. No hospital não teremos controle, quem vai gerir é a administração do hospital. Quem tem convênio médico terá acesso e o convênio não vai arcar com nada”, complementou.
Renê Butekus levantou a questão da obra ser 80% toda financiada pelos cofres do públicos e não haver garantias de prioridade para os usuários do SUS: “Eu sou a favor da construção das UTIs em Itabirito. O que tenho contestado é a forma como o processo tem sido desenvolvido. A Prefeitura vai arcar com 10 milhões da construção, de 10 leitos da UTI dentro do espaço do Hospital São Vicente de Paulo, onde não teremos a garantia que os leitos serão disponibilizados 100% para usuários do SUS. É muito dinheiro a ser gasto sem ter essa garantia”.
O vereador Renê questionou sobre a cargo de quem ficará a gestão das vagas e se diz muito preocupado por não ter sido bem explicado por parte da Secretaria de Saúde: “Como será feita a gestão das vagas, pelo hospital ou pelo município? A realidade de Itabirito hoje é, se um paciente, que não tem plano de saúde precisar de atendimento, o hospital não o atende, ele tem, primeiro, que ir para a UPA e se caso precisar de internação, que não será diferente com a UTI, ele tem que primeiro passar pela UPA. Ele não terá preferência na questão das vagas. Esse investimento também será para beneficiar o sistema privado de saúde e não 100% público. Quem vai fazer a gestão dessas vagas, uma vez que não será reconhecido pelo SUS? Essas ponderações que a gente tem feito. Não tem garantia das vagas”, indagou.
O projeto ainda precisa passar pelo segundo turno e será enviado ao executivo para sanção do prefeito.
Por Luiz Fernando
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