Wesley de Jesus entra com ação na justiça para acesso a provas em contratos da prefeitura de Nova Lima
O vereador eleito Wesley de Jesus em Nova Lima, ingressou com uma ação para garantir o acesso a documentos d ...
Por Thiago Carvalho – Boa noite, leitores! Uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) movida contra o vereador eleito Mael Soares acusa o então candidato de abuso de poder e compra de votos durante a campanha eleitoral de 2024
Entre os principais pontos da denúncia está a captação ilícita de sufrágio, conhecida popularmente como “compra de votos”, sustentada por um registro policial. No documento, consta que um eleitor foi flagrado filmando seu voto em troca de suposto pagamento e declarou ter recebido uma oferta financeira para votar em Mael. Diante desse relato, o Ministério Público Eleitoral (MPE) solicitou a certificação da instauração de um inquérito policial sobre o caso.
Outro ponto da denúncia alega que Mael teria se beneficiado de uma desapropriação de terreno, realizada poucos dias antes da eleição, para a construção de um ginásio em sua base eleitoral. Entre os documentos anexados ao processo, consta o decreto de desapropriação, assinado pelo prefeito João Marcelo Dieguez em 2 de outubro de 2024, apenas quatro dias antes do pleito.
A promotora eleitoral Renata Cerqueira opina que Ismael já havia se desvinculado formalmente de seu cargo público antes da execução do ato administrativo. Em contrapartida, a decisão inicial da juíza Maria Albergaria indicou que “existem indícios de abuso de poder político e de captação ilícita de sufrágio”. Contrariando a decisão da juíza, a promotora considera que não há evidências suficientes de uso indevido da máquina pública. Mas, a opinião da promotora, assim como a minha ou a sua, tem o mesmo peso.
Em resumo, desconfio que essa “opinião” visa proteger João Marcelo de uma investigação mais aprofundada. Dieguez, assim como o ex-prefeito Carlinhos Rodrigues (PT), teria utilizado terrenos públicos em período eleitoral para obter vantagens. Carlinhos, Cassinho (eleito) e outros envolvidos foram cassados à época. Por que com o atual prefeito deveria ser diferente? Afinal, “o pau que dá em Chico dá em Francisco” — ao menos, se o judiciário brasileiro fosse sério.
Por fim, Mael pode ter de enfrentar sozinho o processo de “captação ilícita de sufrágio”. Nome chique, não é?
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