Escola de Honório Bicalho vence Câmara nas Escolas e terá reforma garantida por Thiago Almeida
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Por Thiago Carvalho: Fui procurado por um morador do bairro Jardim América (BNH), em Nova Lima, que me apresentou a mobilização pela preservação do Morro do BNH, uma das áreas verdes daquela região. O movimento pede à Câmara Municipal o tombamento do local e o reconhecimento da área como Área de Preservação Permanente (APP). O pedido, conta mais de mil assinaturas, expressa uma preocupação legítima da comunidade, mas o debate envolve muito mais que meio ambiente — é também uma questão social e urbana.
O bairro Jardim América nasceu de um projeto habitacional do extinto Banco Nacional da Habitação (BNH), criado na década de 1960 para viabilizar moradias populares. Ou seja, a própria comunidade foi beneficiada, décadas atrás, por uma política pública de habitação — exatamente o tipo de ação que hoje o executivo e o legistivam tentam retomar. Lá sem vão quase duas décadas sem moradias populares em Nova Lima.
Na prática, o impasse atual gira em torno da contrapartida urbanística apresentada: a proposta é que, ao liberar o uso do Morro do BNH para novos empreendimentos privados, o município receba outro terreno de propriedade privada em troca, que será destinado à construção de moradias populares. Essa solução permitiria enfrentar parte do grande déficit habitacional em Nova Lima.
Defendo uma alternativa politicamente equilibrada e socialmente necessária. A cidade precisa conciliar preservação ambiental e justiça social. O tombamento integral pode parecer uma vitória imediata, mas, na prática, inviabiliza políticas habitacionais em um município com terrenos cada vez mais caros e escassos.
Não se trata de escolher entre o verde e a moradia — trata-se de planejar com inteligência. Proponho que a Câmara estude uma preservação parcial, garantindo a proteção das nascentes e das áreas de maior relevância ecológica, enquanto o restante do território seja destinado ao empreendimento imobiliário, assegurando a contrapartida. Sei que alguns vereadores bravatearam a favor do tombamento em frente à população do BNH, mas acompanho os bastidores da Câmara e por lá agem diferente. Sigo acompanhando a causa e atualizando-os por aqui.
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