25/mar

O palanque de “ex” de Lula em Minas

O ex-presidente e ex-presidiário Luiz Inácio Lula da Silva tem uma árdua tarefa no segundo maior colégio eleitoral do Brasil. Sem opções, Lula monta uma plataforma em Minas com a ex-presidente Dilma Rousseff, o ex-governador mineiro Fernando Pimentel e flerta com o agora ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil. Um fato une todos eles, má administração pública.

Lula demonstra que não acredita nas pesquisas eleitorais que o colocam como vitorioso, bem, senão, por que ele teria um vice ex-tucano, que recentemente criticou Lula publicamente sobre a corrupção em seu governo e um defensor do impeachment de Dilma? Por essas e outras razões, Minas Gerais é tão importante para Lula, estamos falando de um colégio eleitoral com 15 milhões de votos, 10% do eleitorado brasileiro.

Entenda como será construção desse palanque em Minas nas eleições de 2022.

A conta é a seguinte, Alckmin em teoria goza de força política no principal colégio eleitoral, o de São Paulo, onde foi governador, desta forma a aliança promíscua com o ex-governador é eleitoralmente justifica, apesar de moralmente condenável. Geraldo, sem qualquer pudor, finge esquecer o passado recente de farpas e acusações para que essa aliança se concretize pata capitanear do colégio eleitoral paulista com 30 milhões de eleitores, cerca de 20% do país.

Como Lula entra em Minas?

Em 2018, após a derrota do então governador do PT Fernando Pimentel, foi uma derrocada geral, com a ex-presidente Dilma também sendo derrotada para o Senado, o PT se viu sem muitas opções no estado. É aí que entra Alexandre Kalil, que acaba de deixar a prefeitura de Belo Horizonte contra seu gosto pessoal, mas com excelentes garantias políticas.

Como a reeleição de Zema é praticamente inevitável – note-se que Lula nunca critica o governador do estado – Kalil tornou-se a única opção viável para o palanque. As investidas foram ótimas para o PSD ter uma plataforma para negociar politicamente Minas no nível federal.

Portanto, Kalil é a porta de entrada para Lula, que terá um palanque de figurões com Kalil, Pimentel e Dilma como os principais cabos eleitorais.

Dentro do próprio PT, o nome de Kalil tem resistência, mas para quem aceitou Alckmin, Kalil é pouco indigesto nesta ânsia pelo poder.

Por Thiago Carvalho

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