28/fev

Somos autistas e temos direito ao trabalho e às diversas oportunidades; Mas por que ainda somos tão excluídos?

Por Noah Campell – Historicamente, as pessoas com autismo foram silenciadas e privadas de voz. Hoje, porém, o tema do autismo está sendo abordado de forma mais assertiva e visível. No entanto, ainda há muito a ser feito

Muitos autistas continuam fora do mercado de trabalho, mesmo tendo uma formação acadêmica sólida. Muitos temem revelar sua condição ou solicitar adaptações por medo de serem rejeitados ou demitidos.

Para compreender melhor essa questão, conversei com a neuropsicóloga Luciana Freire. Perguntei a ela:

— Qual é a importância da inserção da pessoa com autismo no mercado de trabalho?

— A maior possível — respondeu. — Uma pessoa com Transtornos do espectro autista (TEA) precisa estar inserida em ambientes sociais de forma adaptada e acolhedora. A inclusão social faz parte do tratamento e deve ser conduzida com cuidado por uma equipe multiprofissional.

E quanto à importância da acessibilidade e dos recursos adequados?

— Sem dúvida — afirmou. — Pessoas com TEA precisam de um olhar individualizado e humano. Elas terão mais qualidade de vida quando forem recebidas nos ambientes com inclusão e empatia.

A neuropsicóloga nos convida a refletir sobre a importância da acessibilidade e das oportunidades no mercado de trabalho para pessoas com deficiência, especialmente aquelas com autismo.

Muito se fala sobre as cotas para pessoas com deficiência (PCDs) no mercado de trabalho. No entanto, apenas as cotas não são suficientes. Por exemplo, se um autista tem sensibilidades sensoriais, como poderá trabalhar em um ambiente com muitos estímulos? Por isso, é fundamental que os locais de trabalho ofereçam adaptações e mais acessibilidade.

Diante disso, vamos refletir?

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