Vice-prefeito de Mateus Leme é preso por dar “tapas na bunda” de funcionária

O vice-prefeito de Mateus Leme, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Anderson Wester de Sousa (Republicanos), de 54 anos, foi preso, nessa quinta-feira (21/07), após ser denunciado por importunação sexual. A vítima é uma funcionária da prefeitura da cidade, de 44 anos.

O caso aconteceu enquanto a vítima fazia tarefas diárias na manhã de quinta-feira (21).

Segundo o documento, o colega de trabalho chegou e deu “dois tapas na bunda” da mulher, que reforçou que, há muito tempo, o vice-prefeito da cidade faz “brincadeiras” que a deixa desconfortável.

Duas outras funcionárias que presenciaram o ato foram ouvidas. Elas disseram que nunca viram maldade no tratamento que Anderson tem com as pessoas, inclusive no episódio que a vítima relatou.

Em conversa com os militares, o suspeito afirmou que é homossexual e que sempre interagiu com a equipe de forma respeitosa e carinhosa. Disse que deu os tapas brincando, em forma de cumprimento, e que não houve reclamações.

A mulher, as testemunhas e o homem, de 54 anos, foram encaminhados à delegacia, onde foram ouvidos. Segundo a Polícia Civil, após análise dos fatos, foi ratificada em flagrante a prisão do suspeito. Ele ficou à disposição da Justiça.

Por meio de nota, nesta sexta-feira (22), a Prefeitura de Mateus Leme informou que o caso é apurado e as providências legais cabem ao Judiciário.

A reportagem questionou à assessoria do município se o vice-prefeito tinha interesse em passar suas versões para os fatos, mas foi informada que o posicionamento será apenas pelo comunicado.

Veja a nota na íntegra

“Dado a repercussão do caso sobre uma possível importunação sexual que ocorreu nas dependências da Prefeitura Municipal de Mateus Leme, em 21 de 2022, esclarecemos:

• Os fatos estão em apuração e as providências legais cabem ao Judiciário.
• A servidora e o vice-prefeito continuam cumprindo com suas devidas funções normalmente no executivo e, inclusive, estão trabalhando no dia de hoje (22/07).
• O caso está em sigilo e segredo de justiça. Caberá ao judiciário a palavra final. A atual administração municipal se colocou à disposição do fato ocorrido e que a verdade seja esclarecida”.

Por Gisele Maia