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Odebrecht muda de nome após escândalos de corrupção

A gigante da construção Odebrecht, envolvida em escândalos de corrupção em vários países da América Latina nos últimos anos, anunciou nesta sexta-feira (18) que agora tem um novo nome, Novonor.

“Não estamos apagando o passado. Passado não se apaga”, afirmou Maurício Odebrecht, representante do acionista majoritário, citado em nota do grupo com sua nova logomarca, na qual agora predomina o azul, ao invés do vermelho da Odebrecht.

“Depois de tudo o que promovemos de mudanças e de correção de rumos, estamos agora olhando para o que queremos ser: uma empresa inspirada no futuro. Este é o nosso novo norte”, acrescentou.

A Odebrecht foi a empresa mais investigada para a operação anticorrupção Lava Jato, responsável por prender dezenas de integrantes da elite política e empresarial do país, entre eles Marcelo Odebrecht, ex-presidente da construtora fundada no estado da Bahia por seu avô, Norberto Odebrecht, em 1944.

Há cinco anos, quando ocorreram as primeiras denúncias da Lava Jato, contava com uma força de trabalho global de 180 mil funcionários.

Agora, em processo de recuperação judicial, a Novonor “nasceu como holding de um grupo empresarial com 25.000 funcionários e seis empresas” que atuam nas áreas de engenharia e construção, mobilidade urbana e rodoviária, petróleo e gás, mercado imobiliário, petroquímica e indústria naval, anunciou o comunicado.

Desde 2014, a operação Lava Jato revelou uma gigantesca rede de subornos pagos por grandes construtoras a políticos para a obtenção de contratos na estatal Petrobras.

O caso gerou crises políticas em vários países. No Peru, três ex-presidentes estão sob investigação e outro, Alan García, suicidou-se quando queriam prendê-lo como suposto beneficiário dos subornos em 2019.

A Odebrecht foi condenada a pagar várias multas, incluindo uma de US$ 2,6 bilhões, aos governos do Brasil, dos Estados Unidos e da Suíça.

Marcelo Odebrecht foi preso em junho de 2015 e condenado a mais de 19 anos de prisão. A pena foi reduzida para 10 anos após colaborar com a Justiça e, desde dezembro de 2017, o empresário está em prisão domiciliar.

Por Redação Jornal Minas

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