Empreendedorismo feminino avança em Raposos com o Grupo MEDRA
Mulheres empreendedoras de Raposos têm vivenciado uma transformação econômica e social por meio do Grupo M ...
O prefeito João Marcelo (Cidadania) marcou para esta terça-feira (13), às 9h, reunião com representantes dos comerciantes nova-limenses. O encontro é o resultado de uma série de manifestações dos microempresários desde o início da semana passada, que movimentou as redes sociais e as ruas nova-limenses em busca de diálogo com o prefeito, diante da crise sem precedentes enfrentada pelo setor. Somente hoje, cerca de 50 comerciantes realizaram uma passeata que partiu do Bicame em direção à Praça Bernardino de Lima.
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Cansados de esperar por iniciativas de entidades representativas e da falta de diálogo com o poder público, cerca de 200 microempreendedores da cidade criaram o grupo “Comércio Unido e Forte”. O objetivo é a elaboração de propostas que possam ser discutidas com o prefeito João Marcelo para a reabertura consciente do comércio.
Queda de faturamento chega a 60% e contas acumulam
Após um ano de pandemia, a situação econômica no setor comercial tem se tornado insustentável. De acordo com um dos comerciantes que não quis se identificar, para alguns segmentos, as vendas caíram até 60% em relação ao mesmo período do ano passado. A queda no faturamento levou estabelecimentos a fecharem as portas e, aos que permanecem abertos, não restou alternativa a não ser demitir funcionários. Além disso, parte dos microempresários convivem nos últimos meses com contas atrasadas, endividamento e falta de ação efetiva do poder público para que possam garantir o funcionamento dos seus empreendimentos.
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Demissões aumentam o caos socioeconômico
Segundo dados do levantamento feito pelo Sebrae, com informações do Novo Caged do Ministério da Economia, os pequenos negócios são os que mais empregam no país, o que corresponde duas vezes as contratações realizadas pelos médios e grandes negócios.
No entanto, com a onda de decretos que atinge principalmente o setor comercial, que faz parte desse recorte empresarial, o desdobramento do fechamento das lojas comerciais não impacta somente o empresário que se vê tendo de arcar com custos fixos sem receita suficiente para honrar os pagamentos. Ainda de acordo com dados do Sebrae, a onda de demissões em microempresas, principalmente no setor comercial, registrou os maiores números no país e, em Nova Lima, não foi diferente.
Segundo informações de membros do próprio grupo, a maioria já demitiu nesse período pelo menos um funcionário. Com isso, centenas de famílias nova-limenses desempregadas, se viram sem renda em plena pandemia, tendo de sobreviver com o auxílio emergencial que, em muitos casos, não cobre sequer a alimentação do núcleo familiar.
Manifestações já colhem resultados
O grupo, que começou há menos uma semana, já conseguiu mobilizar a atenção do Executivo que, até então, apesar da proposta de recuperação socioeconômica, não havia debatido a questão juntamente com o setor e assim, elaborou propostas que não são suficientes para atender as reais necessidades da categoria.
Além da reunião marcada para amanhã, o último decreto municipal emitido na sexta-feira (9), prorrogou a Onda Roxa, porém ampliou a abertura de alguns segmentos comerciais não essenciais.
No entanto, para combater a incerteza do cenário socioeconômico, impedir novas demissões e falências comerciais, não basta um pacote de crédito para quem já tem dívidas acumuladas. Para os comerciantes, é necessário mais empenho da Administração Municipal e a busca de soluções para salvar a categoria que, somente será possível, com diálogo.
Por Ana Carina
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