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Uma mãe passa por momentos de desespero depois que sua filha adolescente começou a perder a visão. O caso se passa na cidade de Raposos.
“Olá, sou Alessandra, mãe da Yasmim, estamos aqui pedindo doações para uma lente especial para ela”. Diz o texto do pedido de ajuda.
Segundo Alessandra Costa de Souza, os sintomas começaram a aparecer há três anos, quando sua filha Yasmim Eduarda Costa Ribeiro, na época com 14 anos, começou a se queixar de fortes dores de cabeça e ao redor dos olhos. “Marquei uma consulta com um oftalmologista aqui na cidade, e foi detectado o problema de Ceratocone.” Diz a mãe da adolescente que hoje tem 17 anos.
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Após o diagnóstico, Yasmim foi encaminhada para atendimento especializado na Santa Casa, em Belo Horizonte. A mãe diz que a situação piorou com o tempo, “é preciso fazer um transplante, mas veio a pandemia e tudo parou, dificultando o tratamento”.
O ceratocone é uma doença ocular que deixa a córnea do olho curvada para a frente, ficando semelhante a um cone — daí a terminologia da doença.
A córnea é uma estrutura transparente localizada na parte anterior do olho, que pode ser comparada ao “vidro de um relógio”. Ela é responsável por proteger o restante do olho contra poeira e substâncias nocivas, além de regular a entrada da luz que é projetada na retina.
“O ceratocone causa sintomas justamente na fase da escola, do vestibular e dos primeiros empregos. É o momento da vida em que a visão é importantíssima”, aponta a oftalmologista do setor de cirurgia refrativa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Marta Sartori.
Alessandra conta que foi indicado o uso de lente; “Escleral é o nome da lente, mas é muito cara. Precisamos de ajuda porque a receita vale dois meses. ”
O modelo de lente de contato escleral são lentes de grande diâmetro, suportadas pela esclera, cuja principal característica é a ausência de contato com a córnea, apresentando, assim, um espaço preenchido entre a face anterior da córnea e a face posterior da lente com líquido.
Yasmim está na lista de espera para um transplante, mas até ser contemplada, o teste com o modelo de lente deu positivo e o uso foi autorizado. A prefeitura da cidade de Raposos paga todas as consultas, porém a lente não pode ser adquirida pelo SUS. O orçamento para a lente nível 4 foi de 4.200 reais. Para atingir a meta, foram criados uma vaquinha online e um sorteio.
Por Gisele Maia
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