Espaço Cidadania: João Marcelo vai empurrar o problema dos moradores de rua do Rosário para o Matadouro
Por Thiago Carvalho: Boa segunda-feira, meus leitores! Acordo Nova Lima esta semana com mais uma ideia imbecil ...

O Serviço Jesuíta para Migrantes e Refugiados e a Arquidiocese de Belo Horizonte acolhem refugiados venezuelanos em busca de um novo começo. Depois de ingressarem no mercado de trabalho, alguns estão na cidade de Nova Lima.
A reportagem do Jornal Minas conversou com Ronal Penã, 25, imigrante da cidade de Calabozo, localizada no estado de Guárico, a cerca de 270 quilômetros da capital Caracas. Para o venezuelano que trabalhava em um restaurante em seu país, vir ao Brasil foi um presente de Deus. Em um portunhol que ainda é difícil de entender, ele diz que chegou a Minas Gerais há 4 meses, e já foi direto para Nova Lima. “Viemos com ajuda internacional para refugiados, estávamos morrendo de fome, na cidade onde moro não há nada além de violência”. O imigrante diz ainda que não foi difícil se inserir no mercado de trabalho. “Na primeira semana eu já estava trabalhando, aí eles [imigração] regularizaram minha documentação no Brasil.” Atualmente, Ronal trabalha em uma fábrica de mármore.
O Jornal Minas conseguiu levantar que pelo menos mais cinco refugiados da Venezuela estão em Nova Lima, todos trabalhando em lojas da cidade; padarias, pizzarias e postos de gasolina. Porém até o fechamento da reportagem eles não retornaram o contato.

Com o agravamento da crise econômica e social na Venezuela, o fluxo de cidadãos venezuelanos para o Brasil cresceu maciçamente nos últimos anos. Entre 2015 e maio de 2019, o Brasil registrou mais de 178 mil solicitações de refúgio e de residência temporária. A maioria dos migrantes entra no País pela fronteira norte do Brasil, no Estado de Roraima, e se concentra nos municípios de Pacaraima e Boa Vista, capital do Estado.
Para acolher parte dessa população, abrigos oficiais foram criados pelo pais . Eles são administrados pelas Forças Armadas e pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR). Mais de 6,3 mil pessoas, das quais 2,5 mil são crianças e adolescentes, vivem nos locais. Estima-se que quase 32 mil venezuelanos morem em Boa Vista. Projeções das autoridades locais e agências humanitárias apontam que 1,5 mil venezuelanos estão em situação de rua na capital, entre eles, quase 500 têm menos de 18 anos de idade.
A vinda do grupo faz parte de uma iniciativa do governo federal, apoiada pela ONU e organizações da sociedade civil.
Os venezuelanos que chegam neste domingo (24) em Belo Horizonte, na primeira semana vão passear pela capital mineira. Nos próximos três meses eles terão atendimento jurídico, psicológico e social. Também vão ter ajuda para confeccionar os currículos e aulas de português. O objetivo é que eles consigam um emprego e recomecem uma nova vida.
Sobre os indígenas venezuelanos que estão no Abrigo São Paulo e que apresentaram resultados positivos para a Covid-19, a Prefeitura de Belo Horizonte informou que equipes estão avaliando espaços para o acolhimento adequado do grupo.
Por Gisele Maia
O JORNAL MINAS reforça seu compromisso com o profissionalismo, a qualidade e o jornalismo mineiro. Nossa redação fornece informações responsáveis e confiáveis todos os dias. Apoie a informação de qualidade, siga-nos pelas redes sociais – Facebook Instagram Twitter Whatsapp

ComentáriosAinda não recebemos comentários. Seja o primeiro a deixar sua opinião.
Deixe um comentário