03/set

“Sexta-feira, Meio Dia!” – Confúcio, Henrique e Seu Madruga

“Trabalhe com o que você ama e nunca mais precisará trabalhar na vida.” – Confúcio 552 A.C, China.

“Não existe trabalho ruim, o ruim é ter que trabalhar.” –  Sr. Madruga 1973 D.C, México.

“Sexta-feira meio dia!” – Henrique Maderite 2021 D.C, Brasil.

Três frases, três épocas, três pensadores. Um significado.

Hoje, minhas redes sociais, em véspera de feriado, foram tomadas por stories do Henrique Maderite, que viralizou com o seu carisma e perspicácia em abortar a relação entre dinheiro, tempo e trabalho.

Com isso em mente, escrevi um pequeno texto sobre como chegamos a essa equação entre trabalho x felicidade:

Opondo-se à frase do pensador chinês Confúcio, o personagem latino Seu Madruga (Rámom Valdés) é avesso, digamos, ao trabalho. De personalidade empreendedora, o comediante da série Chaves, que tanto fez sucesso nas décadas de 80 e 90, demonstra que o mal-entendido pode estar na definição do trabalho.

A palavra trabalho vem do latim tripaliun, uma espécie de tridente usado pelos camponeses na colheita de grãos na antiguidade. Na Grécia, pensadores associavam o trabalho como algo degradante, destinado a escravos e pessoas de baixa condição social.

Esse pensamento continuaria até a ascensão da burguesia com o fim do período feudal, onde as liberdades do capital passam a garantir seus direitos e sua autorrealização. Desta forma, possibilitando a ascensão de nova classe social independente do berço familiar.

Alcançando seu ápice com a revolução industrial e a ascensão do capitalismo, nesta época, surgiram os trabalhadores nos moldes como os conhecemos hoje.

A cultura de excelência durante o século XX exigia dos trabalhadores “livres” uma conquista social com a aquisição de bens, que só o capital poderia proporcionar, além de segurança, educação, saúde, diferenciadas perto do que o estado entrega aos que não o são “bem-sucedidos”.

Assim, tornou-se comum ancorar a vida a um trabalho sem prazer, focado na relação de venda de tempo x dinheiro. “Privilegiados” são aqueles que conseguem associar o trabalho ao prazer pessoal.

Com o advento da internet e das novas tecnologias na década de 1990, vivenciamos mais uma mudança nas relações de trabalho, onde a linha de produção, a logística e o network deixaram de serem restritas aos grandes empresários e passaram a ter uma melhor relação custo-benefício para os novos trabalhadores; O empreendedorismo atinge outro patamar possibilitando que as pessoas comecem a desenvolver e vender seus serviços e produtos diretamente aos clientes, eliminando assim a relação de trabalho estabelecida no século XX.

O trabalho deixa de ser algo mecânico para ser de criação direta do cidadão, utilizando as suas verdadeiras aptidões e vocações para entregar os mais variados tipos de serviços e produtos a um mercado consumidor em constante crescimento e sem barreiras geográficas.

Possibilitou aos cidadãos “comuns” a escolha que Confúcio propôs há 2.500 anos; “Trabalhar com o que você ama e nunca ter que trabalhar novamente.”

A famosa frase só faz sentido quando você tem liberdade de escolha individual, além de um mercado consumidor e habilidades para transformar seu “amor” em um produto ou serviço de demanda. Caso contrário, é apenas utopia.

Acabo de escrever este texto numa sexta-feira às 18h15, sem muito planejamento para o feriado, mas consegui fazer o que gosto e mais feliz em acompanhar o Henrique em suas redes sociais.

Obrigado pela leitura, um bom feriado a todos!

Por Thiago Carvalho

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Comentários

  1. Que texto excelente Thiago Carvalho, muito bom parabéns excelente comparação e raciocínio.

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