14/mar

Banco Central inicia fase de testes do Real Digital

A mais recente tecnologia do Banco Central brasileiro, o Real Digital, a versão eletrônica da moeda brasileira, iniciou sua fase de testes em 6 de março. O presidente da instituição, Roberto Campos Neto, considera o Real Digital uma evolução do Pix, o sistema de pagamentos que se tornou popular e quebrado recordes de transações

De acordo com Matheus Amancio, especialista em criptomoedas da Estoa, essa inovação trará inúmeros benefícios para a população brasileira e aumentará a segurança nas transações financeiras. “A principal vantagem é que o Real Digital permitirá pagamentos mais rápidos, mas também se destaca que as transações não passarão por intermediários, o que evita as chances de fraude graças à tecnologia blockchain”, diz ele.

A chegada do Real Digital no Brasil marcará uma nova era na economia brasileira, indicando progresso em sistemas financeiros que receberam recentemente novas funcionalidades como Pix e Open Finance. Também trará novas possibilidades para os usuários com um sistema mais independente, sem um banco ou outra instituição intermediando.

Amancio acredita que a moeda digital também será uma boa opção para o Banco Central brasileiro em termos de custo-benefício. “Essa digitalização trará uma série de benefícios, mesmo para o sistema financeiro nacional. Com a redução na emissão de dinheiro físico, os custos de produção diminuirão”, diz ele.

Embora seja uma moeda eletrônica, as Moedas Digitais de Bancos Centrais (CBDC) são diferentes das criptomoedas que se popularizaram em todo o mundo nos últimos anos. O analista da Estoa aponta duas diferenças principais entre as duas: emissão e valor.

“O Real Digital será emitido e regulado pelo Banco Central e pago pelas autoridades monetárias, enquanto as criptos são descentralizadas e funcionam com a questão de oferta e demanda na comunidade de seus usuários”, explicou Amancio.

Desde o lançamento do Pix no final de 2020, a circulação de dinheiro em espécie já caiu consideravelmente, com um recorde de R$40 bilhões em dinheiro que deixou de circular no país em 2021, segundo dados do BC. O caminho para uma mudança completa no panorama até o Real Digital substituir o dinheiro físico, no entanto, ainda pode ser longo.

De acordo com Amancio, a possibilidade levantada pelo presidente do BC em 2020 durante o lançamento do Pix deve acontecer gradualmente. “Acredito que o Real Digital será tão popular quanto o Pix ou até mais popular com o tempo, mas a substituição do dinheiro físico deve levar alguns anos devido ao número de brasileiros sem conta bancária”, explica ele.

Por: Carolina Pimentel/AGB
Foto: Arte Internet

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