29/abr

MPMG emite relatório e julgamento de Tito será em junho

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) divulgou nesta sexta-feira (26) um relatório reconhecendo os crimes do ex-vereador Tiago Tito e a manutenção da sentença que o condena em primeira instância por delito tipificado no art. 316, por cinco vezes, na forma do art. 71, ambos do Código Penal, a uma pena total de cinco anos e quatro meses de prisão

De acordo com juristas consultados pelo colunista político do Jornal Minas, Thiago Carvalho, é comum que tal relatório seja divulgado previamente a julgamentos, permitindo aos juízes acesso às informações e ao parecer do MPMG. “Tito provavelmente terá sua condenação confirmada em segunda instância, o que o impossibilitará de concorrer nas eleições de 2024. Foi um erro do PRD insistir na manutenção de sua pré-candidatura. Agora, devem focar na composição do quociente eleitoral”, avalia Carvalho.

Entenda o relatório obtido com exclusividade por Thiago Carvalho: 

Consta no Inquérito que Tito exigiu e recebeu, para si, direta e indiretamente, no exercício do mandato de vereador, ao menos em cinco oportunidades, vantagem indevida. Consta, ainda, que nos dias 30 e 31 de dezembro de 2020, o parlamentar foi até a casa de Lorena Cristina, na condição de vereador de Nova Lima e, agindo de forma intimidatória, Tito ameaçou Lorena e ofereceu R$ 20 mil de propina para a ex-assessora parlamentar retirar as denúncias de prática de “rachadinha” no gabinete do vereador.

A assessora, que recebia cerca de R$ 2 mil, passou a receber um salário acima de R$ 14 mil. Segundo o inquérito da polícia civil, o então vereador Tiago Tito exigiu que a assessora devolvesse, todos os meses, parte dos subsídios recebidos para que mantivesse o cargo e, portanto, não fosse exonerada. As provas colhidas pelo GAECO mostram que a assessora sacava mensalmente mais de 6 mil reais e devolvia ao parlamentar.

“Minhas fontes no judiciário informaram que o julgamento de Tito ocorrerá no dia 6 de junho de 2024. Resta somente aguardar a manutenção da sentença condenatória”, conclui Thiago Carvalho.

Por Jorge Marques
Foto: Redes Sociais

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