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A juíza Daniela Cunha Pereira, da 351ª Vara Eleitoral de Ibirité, cassou o mandato do prefeito William Parreira (Avante) por abuso de poder político e econômico, corrupção e fraude que teriam sido cometidos durante a eleição de 2020.
Segundo a petição inicial, feita pelo Partido Progressista de Ibirité, a campanha pela reeleição de William Parreira recebeu “doações ilegais vindas de agentes políticos, uso eleitoreiro do jornal Ibirité em Ação, realização reiterada de propaganda institucional em período vedado e extrapolação da média gastos de anos anteriores, contratação e afixação de engenhos publicitários a poucos dias do início do período vedado, caracterizando abuso de poder econômico entrelaçado ao abuso de poder político, criação de linha de ônibus 7070 com fim eleitoreiro, disponibilização, no ano eleitoral, de Wi-Fi grátis em praças públicas contendo vídeo de publicidade institucional, uso em larga escala de logomarca e slogan da gestão em publicidades oficiais do Município, exploração de distribuição de cestas básicas, com antecipação do período de entrega no mês do pleito e construção e uso da narrativa de que os impugnantes seriam responsáveis pela ação que suspendeu distribuição e a distribuição de Kits escolares às vésperas da eleição, concentração de obras urbanas no ano do pleito”.
O Jornal Minas conversou com o advogado criminal Dr. Mariel Marra que deu seu parecer sobre o caso:
“Esta decisão deixa o prefeito William Parreira e o seu vice, Paulo Telles, inelegíveis por oito anos, sendo que também já foi determinada a realização de novas eleições, a qual será realizada quando não couber mais recursos.
Os recursos cabíveis devem ser julgados em breve e no momento cabe ao presidente da Câmara Municipal, vereador Daniel Belmiro, assumir a prefeitura temporáriamente até que haja trânsito em julgado da decisão e, se for o caso, novas eleições aconteçam.
Vale lembrar que essa não é a primeira vez que uma chapa é cassada pela justiça eleitoral em Ibirité. Em 2012, o prefeito eleito, Antônio Pinheiro Neto, juntamente com sua vice, também tiveram o mandato cassado por abuso de poder político, de autoridade e por conduta vedada a agente público. A chapa recorreu da sentença e conseguiu reverter a decisão de primeira instância no TRE/MG.” – Finalizou Mariel Marra.
O Ministério Público Eleitoral emitiu parecer favorável à cassação. A decisão é em primeira instância e ainda cabe recurso.
A decisão da Justiça, publicada no sábado (17), torna William Parreira e o seu vice, Paulo Telles, inelegíveis por oito anos. A juíza também pede que novas eleições sejam convocadas. O presidente da Câmara Municipal, vereador Daniel Belmiro (Avante), deve assumir o comando da prefeitura de forma interina.
Por Thiago Carvalho
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