14/jun

Turismo da vacina, 16 mil mineiros se vacinaram contra Covid-19 no Rio

Os moradores de Minas Gerais são os que mais vacinaram na cidade do Rio de Janeiro segundo dados da Secretária de Saúde do município.

No total, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde do Rio, 3.400.526 indivíduos já se vacinaram na capital carioca. Desse número, 10,71% vieram de outras cidades. A maioria do próprio Estado, 8,22%, e os demais das outras unidades da federação.

Foram 16,1 mil (0,47%) moradores do Estado de Minas que resolveram se vacinar no Rio. “A espera (pela vacina) é muito angustiante; várias pessoas estão fazendo isso”, explicou Denise.

Não se trata exatamente de um turismo de vacina, como já está acontecendo nos Estados Unidos e em alguns outros países onde a imunização está mais avançada. Na maioria dos casos, são pessoas que circulam na cidade por motivos de trabalho ou familiares.

Para o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, não há motivo para coibir esse movimento. “Não é o que a gente recomenda. O ideal é que as pessoas se vacinem perto de suas casas”, ressaltou o especialista em saúde pública.

“Mas não estamos cobrando nenhum comprovante de residência. A nossa migração não é muito alta, está na faixa dos 10%, a maioria vinda dos municípios vizinhos. Se por acaso tivermos uma migração muito maior, podemos pedir uma compensação (de doses) ao Ministério da Saúde.”

A ideia, segundo o secretário, é justamente não burocratizar o processo de vacinação. No Rio, basta apresentar o CPF para se vacinar. Até a semana que vem, a cidade já estará imunizando pessoas de 50 anos sem comorbidades – com o adiantamento do calendário anunciado neste domingo, 13, pelo governador João Doria (PSDB), o mesmo deve ocorrer em São Paulo.

No Rio, a secretaria também adiantou a imunização de profissionais de saúde, o que não foi feito em todas as cidades. No caso dos professores, no entanto, o posto de saúde exige a apresentação de certificado profissional.

“Eu moro em São Paulo há três anos, mas sou carioca”, explicou o professor Diógenes da Silva Severino, de 31 anos. “Mesmo morando em São Paulo, tenho um trabalho de abrangência nacional, atendo escolas no Rio, em Minas, no Rio Grande do Sul. Por isso, consegui ser vacinado no Rio. Até ontem, pelo menos, ia demorar muito mais em São Paulo. Mas agora acho até que já adiantaram o calendário por lá também.”

Segundo Severino, de modo geral, o processo de vacinação na capital paulista é mais burocrático do que no Rio. “Em São Paulo, tem de fazer cadastro num site, tem QR code…. No Rio, é tudo bem mais simples.”

Por Redação
Com Informações do Estadão

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