Aluguel Residencial em Belo Horizonte: Tendências de Preços e Regiões Atraentes
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Nova Lima foi uma das cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) que registrou chuva intensa no último domingo (7) e contabilizou estragos nesta segunda-feira.
Durante a tarde de domingo, moradores compartilharam pelas redes sociais registros em vídeos e fotos dos resultados da chuva. Em diversos pontos da cidade, houve enxurradas e obras inacabadas da prefeitura no bairro Retiro preocuparam os moradores da região. A imagem mais surpreendente que circulou nas redes sociais foi o deslizamento de terra na Avenida Presidente Kennedy, altura do Bairro Cabeceiras. A ocorrência provocou danos na tubulação de água da Copasa e colocou em risco um poste de energia de alta tensão da Cemig.
Em nota, a Prefeitura divulgou que a Defesa Civil atendeu “25 ocorrências nesse fim de semana entre deslizamentos de encostas e queda de árvores”.
Moradores do Bairro Matadouro, que faz parte da região mais atingida pelo transbordamento do Ribeirão dos Cristais, passaram o dia apreensivos com medo de inundação. No ano passado, mesmo após a construção da barragem em 2014 para conter o volume da água das chuvas, famílias foram surpreendidas durante a madrugada e algumas chegaram a perder todos os móveis, enquanto outras ficaram desabrigadas. Neste ano, o nível da água não chegou a atingir as casas, mas tirou o sono na vizinhança. É o caso da servidora pública Vanessa Luísa, que relembra o susto quando teve a casa invadida pelas águas em 2020. “Entrou enchente na minha casa, mas graças a Deus moro em uma área mais alta e conseguimos levantar a maioria dos móveis”, conta.
Além de aguardar ações de política pública que vise soluções para tranquilizar os moradores, eles também esperam posicionamento da Câmara Municipal sobre a isenção de IPTU para os atingidos pelas chuvas. “Soube que a prefeitura criou uma lei referente à isenção do IPTU nas áreas de risco e, nas atingidas, que deve ser aprovada na Câmara, mas ainda não obtivemos retorno”, diz Vanessa.
De acordo com a prefeitura, “duas famílias residentes no bairro precisaram ser retiradas de casa por causa de risco avaliado pela Defesa Civil Municipal e, 14 pessoas, foram levadas para abrigos da Prefeitura.”
Moradores reclamam que plantão da Defesa Civil não funciona
Durante a tarde de domingo, moradores de diversas regiões entraram em contato com a redação do Jornal Minas alegando não conseguirem contato com a Defesa Civil. O jornal também tentou sem sucesso. Nos alertas da Defesa Civil, constava apenas o telefone fixo que atende em horário comercial. No Google, apesar de mencionar atendimento 24 horas, não havia registro do telefone de plantão. Alguns entrevistados reclamaram que “situações de transbordamentos e deslizamentos geralmente têm ocorrido à noite ou de madrugada e, dessa forma, no momento em que mais precisam não conseguem atendimento por desconhecerem o outro telefone”. Por meio de comunicado, a Prefeitura informou que “os telefones de plantão da Defesa Civil Municipal são o (31) 98835-1929 e 98699-1190 e que os números serão incluídos nas próximas notas”.
Moradores do Retiro e Quintas II têm medo de risco de deslizamento de pedra
No bairro Retiro, o que seria a solução para a contenção da água de chuvas que invadem casas na região durante a enxurrada, se transformou em pesadelo e medo para os moradores. Após as intensas chuvas do ano passado, a prefeitura iniciou a construção de um gabião, muro de contenção para resolver o problema. No entanto, a obra inacabada gerou mais drama na vizinhança. A moradora Izabela Marinas diz que eles convivem com o transtorno dos rejeitos provocados pela retirada de pedregulhos para a construção do muro, além do risco iminente do deslizamento de uma pedra incrustrada na parte mais alta do bairro. Ela conta que população local convive com o receio de que a obra possa ter abalado o entorno, o que colocaria os moradores em risco. “O problema é assustador. Não temos um parecer da prefeitura assinado por geólogo ou engenheiro que possa nos tranquilizar sobre a estabilidade da rocha. Ficamos à mercê da dúvida”, desabafa.
As constantes lamas e a poeira também são incômodos para a representante comercial Alessandra Souza. Moradora do bairro Cariocas, ela diz que o temor é o de as pedras descerem e atingirem as casas. “Esta obra está tirando o sono dos justos. O medo é realmente muito grande, forma um rio de lama e pedras”, diz.
Sobre as obras em andamento, a assessoria de imprensa da Prefeitura informou que “está ciente e atenta e, se for o caso, os locais serão sinalizados”.
Desabrigados da última enchente temem pelo abandono das casas
A vendedora Adélia Teles, faz parte das famílias desabrigadas que tiveram que abandonar suas casas no ano passado. Desde então, ela vive em casa custeada por aluguel social que é pago pela prefeitura. No entanto, nesse período, Adélia teme que as intensas chuvas e possíveis deslizamentos danifiquem ainda mais a estrutura da casa que ela possui no Bairro Nossa Senhora de Fátima. Ela aguarda posicionamento da Administração para que ela possa voltar para a casa e tem receio de que, nesse período, o imóvel possa ser invadido. Na semana passada, ela esteve na Defesa Civil e foi informada de que ainda não há previsão do Governo Municipal para obras no local.
Por outro lado, a Prefeitura divulgou que os “moradores que tiveram que sair de suas casas permanecem em aluguel social”. Os contratos foram renovados por mais um ano e a Administração Municipal “já busca solução para que essas pessoas possam voltar para as suas casas com segurança”.
Rotas foram alteradas
A prefeitura divulgou que, “no sentido Belo Horizonte, o desvio para motoristas começa na altura do n° 1318, com acesso à direita pelas ruas Mineiro João de Paula Mendes e Mineiro Joaquim Calixto. Já no sentido Nova Lima, motoristas devem entrar pela Rua Tamandaré, altura do n° 825, seguir pelas ruas Tamandaré e Pio XII”.
Nos trechos em obras, o comunicado diz que até ontem (8) não havia “o sistema pare e siga na MG-030. O trânsito para veículos está aberto até que o tráfego na Avenida Presidente Kennedy seja restabelecido”.
Prefeitura alega situação sob controle
A Administração Municipal informou que, nesse momento, em Nova Lima “não há alerta, mas a Defesa Civil orienta, em caso de chuva forte, observar trincas e rachaduras nas paredes e o nível da água do rio”. Em caso de emergência, “os moradores devem procurar um local mais seguro e ligar para os números de plantão da Defesa Civil, pelos telefones (31) 98835-1929 e 98699-1190”.
Ainda de acordo com a assessoria, como medida preventiva, “a prefeitura realiza, diariamente, monitorando do nível das águas dos Rio das Velhas e Ribeirão dos Cristais, além da limpeza e avaliação da Barragem (B3) de Contenção de Água”.
A prefeitura enviou comunicado à redação do Jornal Minas na tarde desta terça-feira (9), informando que enviará nesta quarta-feira (10) um geólogo ao local, onde está a pedra que, de acordo com moradores da região do Retiro e Quintas II, corre risco de deslizamento. O especialista irá averiguar a situação e, após essa análise, tomará as providências, se houver necessidade.
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