11/jul

Frio aumenta risco de infarto: Estudo revela aumento de casos durante o inverno

Um levantamento chocante divulgado pelo Instituto Nacional de Cardiologia (INC) revela que o número de internações por infarto no Brasil teve um aumento assustador nos últimos anos. Entre os homens, a média mensal saltou de 5.282 para 13.645 casos, representando um alarmante aumento de 158%. Já entre as mulheres, a média subiu de 1.930 para 4.973, o que equivale a um aumento de 157%

Surpreendentemente, o frio se mostra como um fator que potencializa as chances de infarto. Dados coletados pelo Instituto Nacional de Cardiologia revelam que os casos são mais frequentes durante o inverno. No último ano, o número de infartos registrados nessa estação foi 27,8% maior em mulheres e 27,4% maior em homens em comparação com o verão.

“A baixa temperatura provoca a contração dos vasos sanguíneos”, explica a renomada especialista Aurora Issa. “Pessoas que já possuem placas de gordura nas artérias estão mais suscetíveis a sofrer um infarto. O evento em si é desencadeado pela inflamação na placa e pela formação de um trombo em cima dela. Infecções muitas vezes atuam como gatilho para a inflamação.”

O estudo, baseado nos dados do Sistema de Internação Hospitalar do Datasus, vinculado ao Ministério da Saúde, engloba todos os pacientes brasileiros que utilizam os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo tanto hospitais públicos quanto aqueles privados que possuem convênios. Essa amostragem representa cerca de 70% a 75% de todos os pacientes do país, o que confere grande relevância e representatividade aos resultados encontrados.

Segundo especialistas do Instituto Nacional de Cardiologia, diversos fatores contribuem para o aumento dos riscos de infarto. “O infarto do miocárdio é mais comum em populações idosas. Além disso, observamos um crescimento preocupante da prevalência da obesidade na população brasileira”, explica a diretora-geral do INC, Aurora Issa.

As doenças cardiovasculares ocupam a triste posição de principal causa de morte tanto entre homens quanto entre mulheres no Brasil. Entre os anos de 2017 e 2021, nada menos que 7.368.654 pessoas perderam suas vidas devido a essas enfermidades. De acordo com o Instituto Nacional de Cardiologia, a prática regular de exercícios físicos e a adoção de uma alimentação balanceada são as principais formas de prevenção.

Diante dessas informações alarmantes, é imprescindível que a população brasileira esteja atenta aos fatores de risco e adote medidas efetivas para proteger sua saúde cardiovascular. Cuidar do coração é uma responsabilidade de cada indivíduo, e somente através de uma conscientização coletiva será possível reverter esse cenário preocupante. A prevenção é a chave para um futuro com menos casos de infarto e mais qualidade de vida para todos.

Por Nádia Franco /AGB
Foto: Eternalcreative

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