28/ago

Fumo origina câncer em pelo menos 17 órgãos do corpo humano

A Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) emitiu um  alerta no Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado nesta terça-feira (29). A entidade ressalta que o tabagismo é um dos principais catalisadores para o desenvolvimento de câncer em nada menos que 17 órgãos do corpo humano. A advertência também inclui os dispositivos de cigarro eletrônico como causadores de tumores malignos

O tabagismo continua a ser um agente de risco, contribuindo de forma drástica para a formação de cânceres em diversos órgãos do corpo humano. Aproxima-se o Dia Nacional de Combate ao Fumo estabelecido por meio da Lei Federal 7.488, em 1986, com o intuito de educar a população acerca das perigosas ramificações do consumo de cigarro para a saúde.

Entre os órgãos vulneráveis aos cânceres associados ao tabagismo estão o pulmão, a leucemia mieloide aguda, a bexiga, o pâncreas, o fígado, o colo do útero, o esôfago, o rim, a ureter, a laringe (cordas vocais), a cavidade oral (boca), a faringe (pescoço), o estômago, o cólon, o reto e a traqueia.

O presidente da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), Clovis Klock, enfatiza que o cigarro, seja pelo ato de fumar ou pela exposição passiva, é o maior o fator de risco. Klock aduz que após a nicotina, extraída do tabaco, adentrar o organismo, ela permeia todos os tecidos, como pulmões, cérebro, e outros, inclusive se detectando na saliva, no suco gástrico, no leite materno, nos músculos esqueléticos, e no líquido amniótico.

Não se limitando ao cigarro convencional, o tabaco assume outras formas prejudiciais, como charuto, cachimbo, cigarro de palha, cigarrilha, bidi, tabaco para narguilé, rapé e fumo-de-rolo. Não menos importante é destacar que mesmo os dispositivos eletrônicos de fumar, juntamente com o uso de cigarro eletrônico, promovem a introdução de diversos compostos químicos, engendrados por distintos métodos, incluindo nanopartículas de metal, carcinógenos reconhecidos e substâncias citotóxicas. Além disso, o uso de cigarros eletrônicos amplia em mais de quatro vezes o risco de se tornar fumante habitual.

De acordo com as projeções da Estimativa 2023 do Instituto Nacional de Câncer (INCA), é aguardada uma incidência de 704 mil novos casos de câncer anualmente no Brasil, durante o triênio 2023-2025. As regiões Sul e Sudeste sobressaem-se nesse cenário alarmante, concentrando cerca de 70% das ocorrências.

A SBP clama pela detecção precoce, pois essa prática viabiliza tratamentos menos invasivos e, por conseguinte, maiores chances de sucesso e de prolongamento da sobrevida dos pacientes. O médico patologista e responsável pelo diagnóstico definitivo do câncer, Clovis Klock, ressalta que os sintomas podem manifestar-se de múltiplas formas, ressaltando a importância de consultas médicas regulares e exames de rotina para a detecção em estágios iniciais da doença.

Por Carla Santos
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