24/maio

HNSL realiza primeira captação de múltiplos órgãos doados por um único paciente na história do Hospital

Na manhã do último sábado (20), a equipe do MG Transplante realizou a captação de rins, fígado e córneas de um paciente de 64 anos, morador de Nova Lima, internado desde o dia 16 no CTI do Hospital Nossa Senhora de Lourdes (HNSL) devido a um acidente vascular cerebral isquêmico que resultou em morte encefálica. O paciente teve a morte encefálica atestada conforme a legislação vigente na sexta-feira, 19/05.

Esta foi a primeira captação de vários órgãos retirados de um mesmo paciente realizada no HNSL, em Nova Lima, por meio da Comissão IntraHospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) em parceria com o MG Transplantes.

Os órgãos seguiram para Belo Horizonte e atenderão pacientes que aguardam na fila de transplantes do Ministério da Saúde (MS), atualmente com mais de 50 mil pessoas. A decisão da doação foi tomada pela família e os órgãos do paciente podem beneficiar até cinco pessoas.

“Em tantos anos de profissão no Hospital, foi a primeira vez que tivemos a possibilidade de captação de um maior número de órgãos, além das córneas que já são rotineiramente captadas. Em uma situação tão difícil como o óbito de um paciente, essa possibilidade nos trouxe uma esperança em salvar outras vidas”, relato emocionado de Júlia Ziviani, enfermeira do CTI do Hospital.

A Associação Brasileira de Transplantes alerta que é preciso aumentar as autorizações para doação de órgãos. Em 2022, o percentual de recusas foi recorde: 47%. Nos anos anteriores, esse índice ficava em torno de 40%.

O Hospital Nossa Senhora de Lourdes recomenda que a pessoa que tem intenção de doar seus órgãos avise de maneira clara e inequívoca à sua família

Se todos os brasileiros fizerem isso, o número de transplantes pode dobrar no Brasil, reduzindo bastante a fila de transplantes não só de rins, mas dos outros órgãos tais como coração, fígado, pulmões, pâncreas. “Apesar da dor dos familiares é importante saber que a instituição está fazendo parte de um processo para salvar vidas”, disse Alessandra Érica, Secretária do CTI.

“Imaginar a possibilidade de a medicina salvar outras vidas através de uma é algo extraordinário. Se resume em gratidão e esperança”. Fernanda Marina, Técnica de Enfermagem.

Por Redação
Foto: Ilutrativa/HC-UFPE

 

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