07/jan

Impasse nas eleições da Câmara pode deixar Nova Lima sem recursos para combater a COVID 19

Nova Lima, cidade situada na região metropolitana de Belo Horizonte, corre o risco de ficar sem recursos para combater a COVID-19. O fato decorre da desorganização na eleição da mesa diretora na Câmara Municipal, realizada no dia 1 de janeiro.

A votação foi conturbada e, devido ao descumprimento do regimento interno pela presidente da sessão, a vereadora Juliana Sales (Cidadania), o resultado foi questionado na Justiça.

Entenda

Após a vitória irregular do vereador Boi como presidente, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais decidiu nesta segunda-feira (4), a anulação da votação da mesa diretora para o biênio 2021/2022 da Câmara Municipal de Nova Lima.  A liminar decidiu que, Juliana Sales, eleita como a vereadora mais votada, assumisse a presidência de forma interina.

Leia: Anulação da mesa diretora pela Justiça inaugura os trabalhos na Câmara de Nova Lima

Sem mesa diretora, a Câmara fica impossibilitada de votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO e a Lei Orçamentária Anual – LOA.  No entanto, essas são as bases para que o prefeito João Marcelo possa desempenhar suas funções com critério. Sem votação do orçamento, não há recurso para a Saúde e, portanto, ações eficazes para combate a COVID-19, tendo o executivo que atuar com o duodeno, 1/12 da arrecadação.

Saiba a finalidade de cada lei

A LDO é elaborada anualmente e, tem como objetivo, apontar as prioridades do governo para o próximo ano. Ela orienta a elaboração da Lei Orçamentária Anual, baseando-se no que foi estabelecido pelo Plano Plurianual – PPA, já a LOA é o orçamento anual propriamente dito. Ela prevê os orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimentos das estatais.

+ Notícias de Nova Lima

Crime de prevaricação

A Câmara tem, segundo decisão da justiça, 72 horas a partir do dia 4 de janeiro, para convocar novas eleições. Caso não sejam realizadas, a presidente pode ser autuada em crime de prevaricação, prática do servidor contra a Administração Pública, que consiste em retardar, deixar de praticar, realizar indevidamente ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse pessoal.

A vereadora Juliana Sales foi procurada pelo Jornal Minas, mas não atende as ligações.

Por Thiago Carvalho

Siga Jornal Minas nas redes sociais

Facebook Instagram Twitter Whatsapp

Compartilhar esta notícia

Compartilhar esta notícia:


Comentários

Ainda não recebemos comentários. Seja o primeiro a deixar sua opinião.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *



Redes sociais
Jornal Minas