06/maio

“Vai faltar cesta básica e antibiótico” diz Kalil sobre recursos para enfrentar a pandemia em BH

O agravamento da pandemia da Covid-19 elevou drasticamente os gastos do poder público em Belo Horizonte, principalmente com a abertura de leitos, contratação de profissionais de saúde e medidas para mitigar os efeitos socioeconômicos entre os mais vulneráveis. E o prefeito Alexandre Kalil (PSD) admitiu nesta quinta-feira (6) sobre as dificuldades financeiras na capital.

“Não temos mais dinheiro, vai faltar para a cesta básica, o antibiótico”, afirmou. Conforme o secretário municipal de Fazenda, João Fleury Teixeira, a prefeitura gasta cerca de R$ 43 milhões por mês com despesas relacionadas à pandemia, principalmente com os hospitais, através dos recursos próprios. Além disso, são investidos outros R$ 27 milhões mensais com a compra de 257 mil cestas básicas para alunos da rede municipal e famílias vulneráveis que vivem na periferia.

“São todas despesas pagas com o caixa da prefeitura. Obviamente que esses gastos pressionam, mas nós buscamos administrar. Estamos adotando uma série de medidas para que possamos continuar distribuindo as cestas e arcando com os gastos relacionados à pandemia”, enfatizou.

Fim dos repasses do governo federal

Para o secretário de Fazenda, a situação financeira ficou pior após o fim dos repasses do governo federal para custear despesas das prefeituras com a pandemia. “No ano passado, o governo federal repassou recursos tanto para estados quanto municípios para que fossem utilizados para a Covid. Só que a partir de dezembro, não repassa mais valores para despesa com a Covid, ou se repassa os valores são muito pequenos”, afirmou.

Apesar da situação, a expectativa do secretário é que o Executivo termine o ano com todos os débitos pagos e salários dos servidores em dia. “Na medida em que tiver necessidade de menos leitos de Covid com a vacinação, teremos um fluxo menor de despesas por mês”, garantiu. Desde abril do ano passado, já foram entregues 3,2 milhões de cestas básicas, que custaram R$ 275 milhões aos cofres públicos.

Incentivos financeiros de R$ 250 milhões

Durante a coletiva de imprensa, o secretário também lembrou sobre o projeto de lei encaminhado à Câmara Municipal de Belo Horizonte que prevê R$ 250 milhões para ajudar comerciantes e trabalhadores autônomos através de isenções e reduções de taxas e tarifas municipais relativas ao ano passado. “As taxas só podem ser revogadas ou reduzidas através de projeto de lei. No pacote, também estamos propondo uma moratória (aumento de prazo de pagamento) de todas as dívidas municipais, incluindo pessoas físicas, do ano passado”, explicou Fleury. Porém, só recebem o benefício que estava em dia com os tributos até dezembro de 2019.

Por Redação

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