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A aquisição e armazenamento de criptomoedas ainda é um assunto que levanta dúvidas e questionamentos entre os usuários e interessados em investir nesses ativos. Destaco que este tópico, em especial deve ser tratado com clareza, pois é sem dúvida é o conjunto de informações mais importante e valioso que um usuário de criptoativos pode ter!
Se você é novo aqui, leia as outras colunas para entender melhor este mercado:
A aquisição
Criptomoedas podem ser obtidas basicamente de três maneiras:
Mineração – O Minerador “ajuda” a rede de determinado criptoativo desempenhando tarefa ou tarefas pré-estabelecidas pelo algoritmo do mesmo e é recompensado com uma porcentagem do ativo vigente. No bitcoin, por exemplo, o minerador injeta poder computacional na rede a fim de validar transações e quando a operação é bem-sucedida, o mesmo recebe uma recompensa de 6,25 bitcoins. A cada 10 minutos (aproximadamente) são liberados 6,25 bitcoins para o primeiro minerador que conseguir validar todas as transações ocorridas dentro desse tempo(POW).
AirDrop – Geralmente acontece no início do projeto de um criptoativo e trata-se de uma estratégia de marketing para atrair usuários. Nessa modalidade alguns criptoativos são distribuídos gratuitamente e o detentor dos mesmos tem a oportunidade de conhecer melhor os detalhes do projeto e, quem sabe, começar a comprar por conta própria consequentemente ajudando a moeda a crescer (Exemplo: Ethereum-ETH foi distribuído gratuitamente no início e hoje está cotado em mais de 9 mil reais por unidade).
Compra – Consiste basicamente na troca de moeda fiduciária pelo criptoativo desejado e pode ser feita via:
O armazenamento
As criptomoedas podem ser armazenadas das seguintes formas:
Wallets (ou Carteiras de criptoativos) – São basicamente softwares/App usados para armazenar criptoativos, esses softwares disponibilizam chaves privadas e públicas. As chaves privadas constituem códigos únicos, diretamente vinculados à posse de uma carteira e consequentemente dos criptoativos nela presentes. Enquanto as chaves públicas geram endereços públicos (também únicos num blockchain específico) para que o usuário possa compartilha-los e consequentemente receber valores/pagamentos em criptoativos.
Hard Wallets (ou carteiras físicas) – São hardwares que atrelados à wallets especificas funcionam como tokens de acesso lógico e físico. Ou seja, além da segurança criptográfica de uma wallet tradicional, o usuário conta também com interação física para acessar esse tipo de carteira.
Paper wallets (carteiras de papel) – É basicamente a impressão/gravação das chaves (privada e pública) em papel -ou qualquer material- para que através deste o usuário possa receber criptoativos, acessar seus fundos ou mesmo acessar sua wallet pela primeira vez. Sei que o método pode parecer confuso, porém, vale ressaltar que todas as chaves possíveis para o endereço de uma wallet já existem no blockchain e com base nisso, a impressão de uma paper wallet se dá através de um software (on-line ou até off-line) que simplesmente seleciona chaves disponíveis.
O usuário de criptomoedas sempre deve ter em mente que a posse literal de seus criptoativos está diretamente relacionada à posse das suas chaves privadas. Logo, manter criptoativos em Exchanges ou quaisquer opções nas quais você não tenha acesso às chaves privadas implica em terceirização de custódia e consequentemente confiança na instituição ou empresa que armazena seus criptoativos. Exchange até é carteira, porém… Não é sua carteira!
Por Gilmar Lopes
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