03/maio

Maio Laranja: mês de combate à exploração e abuso sexual contra crianças é estabelecido por lei

O mês de maio marca a campanha Maio Laranja, que tem como objetivo conscientizar a população sobre a violência sexual contra crianças e adolescentes. Este ano, a campanha foi estendida por lei nacional, aprovada em 2022, graças ao trabalho de incidência política do ChildFund Brasil e outras organizações sociais no Congresso Nacional pela aprovação da lei junto à parlamentar Eliziane Gama (PSD – MA)

De acordo com a Safernet, em 2022, houve 111.929 denúncias de crimes envolvendo fotos e vídeos de violência sexual contra crianças no Brasil, o que representa um aumento de 9,91% em relação ao ano anterior. O aumento de denúncias já havia sido registrado em 2020 e 2021. O contato das crianças com aparelhos eletrônicos acontece de maneira intensiva e cada vez mais precoce, conforme a pesquisa TIC Kids Online Brasil.

Para alertar pais, mães, cuidadores, crianças e adolescentes, a campanha Maio Laranja visa conscientizar sobre o enfrentamento e prevenção ao abuso e à violência sexual de crianças e adolescentes. Como parte da campanha deste ano, o ChildFund Brasil criou uma cartilha para prevenir o abuso e exploração sexual on-line de crianças e adolescentes. O documento contém orientações importantes e estará disponível no site do ChildFund Brasil.

O abuso sexual no ambiente virtual é um problema que preocupa cada vez mais famílias em todo o mundo. A pesquisa realizada pelo ChildFund Brasil, com o apoio da The LEGO Foundation, aponta que o ambiente virtual é um dos principais locais onde ocorrem agressões contra crianças e adolescentes. O recurso denominado deep fake, técnica de inteligência artificial que altera áudios e vídeos, tem sido usado por abusadores para enganar crianças e adolescentes. Para isso, o ChildFund Internacional elaborou a cartilha para ajudar as famílias e cuidadores a se prevenirem e protegerem suas crianças.

“A prevenção da violência contra crianças e adolescentes no ambiente online é urgente, pois a soma do uso intensivo de tecnologias e dos recursos de inteligência artificial pode ser extremamente perigosa para crianças e adolescentes. Nossa cartilha oferece recomendações não apenas para familiares e cuidadores, mas também para que outros atores nos ajudem nesse enfrentamento. Abusadores e outros criminosos utilizam a ingenuidade e a falta de conhecimento desses jovens de maneira cada vez mais sedutora e sofisticada”, explica Maurício Cunha, diretor de país do ChildFund Brasil.

Por Jéssica Amaral
Foto:

Compartilhar esta notícia:


Comentários

Ainda não recebemos comentários. Seja o primeiro a deixar sua opinião.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *



Redes sociais
Jornal Minas