26/mar

“Não decidimos sobre aborto e porte de armas”, diz João Marcelo

Na noite desta segunda-feira (25), o prefeito de Nova Lima, João Marcelo Dieguez, teve sua pré-candidatura à reeleição lançada durante um ato de filiação partidária. O evento, que aconteceu no Clube ACE, na região central da cidade, estava repleto de pessoas ligadas à política municipal e representantes estaduais e federais

O colunista político do Jornal Minas, Thiago Carvalho, avaliou o discurso de Dieguez: “João Marcelo, em sua fala sobre esta aliança de 14 partidos em apoio à sua reeleição, deixa um recado claro: não quer que ideologia paute as eleições em Nova Lima”. Segundo o colunista, isso é reflexo dos movimentos da direita na cidade, que no início do mês realizaram seu ato de filiação com a presença de lideranças que possuem um discurso forte em seu espectro político.

“João Marcelo não pode se deixar ser jogado para a esquerda como quer Vitor Penido, e ele (Dieguez) e sua equipe já têm esses dados em mãos, pois é um ambiente político que será difícil reverter”, avalia Carvalho. Neste momento, João Marcelo coloca em seu palanque todos os tipos de ideologia, com pessoas e partidos ligados à direita, ao centro e à esquerda. Pesquisas já mostram que o eleitor brasileiro está polarizado, resultando em poucos votos para o centrão, o que é perigoso do ponto de vista eleitoral.

“Vão existir divergências de ideias, divergências ideológicas”, disse João Marcelo antes de tocar em temas mais sensíveis, como aborto e porte de armas. Sem se posicionar, Dieguez diz que os prefeitos e vereadores não têm decisão sobre essas pautas. Para Carvalho, esta é uma decisão acertada de João Marcelo, já que teria que fazer malabarismos para explicar em seu palanque o Partido Novo, ligado à direita e a Bolsonaro, e o Partido Verde, que é federado ao PT de Lula.

“As pesquisas nacionais mostram que a ideologia vai decidir grande parte dos votos em 2024. Nova Lima ainda é uma ilha nisso, devido à grande presença do poder público na vida das pessoas e ao caráter fisiológico dos políticos da cidade. Podemos ter em 2024, caso haja a presença de grandes líderes de direita nas eleições em Nova Lima, a primeira eleição ideológica municipal, assim como foi a de 2022”, conclui Carvalho.

Por Jorge Marques
Foto: Redes Sociais

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