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Na coluna de hoje, falarei sobre a importância da reserva financeira, como planejá-la e aplicá-la de maneira correta para obter uma valorização acima da inflação.
A reserva de emergência é como se fosse um seguro de carro ou residencial, um investimento que você faz esperando que nunca precise usar.
Sempre recebo dúvidas de quanto deveria ser a quantia ideal para uma reserva de emergência. Outra questão é sobre quais são as alternativas mais rentáveis de aplicações financeiras. Além disso, quais as taxas, custos de corretagem e impostos? E qual seria a melhor instituição, banco, corretora ou tesouro direto para alocar esse recurso?
É importante perceber que cada investidor tem um perfil de risco. No entanto, existe um consenso de que uma boa reserva varia entre três a seis salários mensais ou equivalentes aos custos e despesas totais do investidor ou da sua família. Para começar, todos nós temos que ter um dinheiro seguro e sempre à mão, que chamamos de “colchão de liquidez” e que nos permite enfrentar imprevistos e emergências. Esse recurso precisa ter baixo risco e estar disponível imediatamente, ou seja, ele é um (D+0), nome que damos ao resgate do dinheiro liberado no mesmo dia.
Os investimentos mais indicados para reserva de liquidez são em renda fixa pós-fixada ou na renda fixa atrelada à taxa de juros (CDI/Selic). Para evitar riscos relevantes de crédito, buscamos aplicar nosso dinheiro em instituições que ofereçam proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), pois se a instituição financeira quebrar ou tiver dificuldades financeiras, o investidor está assegurado que receberá indenização até o valor de 250 mil reais por instituição.
Taxas e custos
Para competir com as corretoras e fintechs, os grandes bancos reduziram significativamente as taxas de administração de fundos de DI/Selic, podendo variar entre 0,2 e 1% ao ano.
O Tesouro Direto tem cobrança de taxa de custódia pela B3 de 0,2% ao ano sobre o valor investido, com isenção de taxa no caso de investimento inferior a R$ 10 mil.
Para o CDB e LCI/LCA não existem taxas de custódia e/ou administração, mas é muito importante que o emissor desses títulos seja um grande banco com baixo risco de crédito.
Imposto de renda
Investimentos em renda fixa pós-fixada têm incidência de imposto de renda (IR), com a tabela regressiva de alíquota de IR: 22,5% no prazo de até 180 dias; 20% no prazo de 180 a 360 dias; 17,5% no prazo de 360 a 540 dias e; 15% no prazo superior a 720 dias (2 anos). No caso da LCI/LCA existe a isenção de imposto de renda (IR), mas há uma carência mínima de 90 dias.
Há quem diga que a reserva deve ser montada antes mesmo de fazer investimentos mais arriscados como renda variável (ações). Eu discordo, porque no meu método, uma coisa complementa e potencializa a outra. Mas isso é papo para outro dia…
Abraço e bons investimentos!
Por Luidy Perez
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